O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na terça-feira (23) que só reconhecerá um governo líbio encabeçado por seu amigo e aliado Muamar Kadafi, enquanto acontecem combates entre rebeldes e forças leais ao polêmico líder no país africano.
Até o momento o paradeiro de Kadafi é desconhecido, após grupos rebeldes tomarem seu complexo em Trípoli.
"Nós reconhecemos um só governo, aquele dirigido por Muamar Kadafi", disse Chávez durante um conselho de ministros.
Na Venezuela, a mídia especula a possibilidade de que Kadafi pudesse buscar asilo no país sul-americano, embora mais cedo uma autoridade russa tenha dito que falou com o governante líbio, que lhe assegurou que ficará até o fim na Líbia.
Chávez, que sofre de câncer, reiterou seu apoio à Líbia e voltou a acusar os Estados Unidos e seus aliados de desencadearem a guerra para apoderar-se das riquezas petrolíferas da nação no norte da África.
"Estamos diante da loucura imperial (...) É uma nova estratégia, agora o imperialismo coloca o povo para lutar", afirmou o líder venezuelano, de 57 anos.
Chávez e Kadafi têm uma relação de longa data, que inclui convênios comerciais e diversas visitas entre ambos os presidentes.
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