A Polícia de Investigações (PDI) do Chile prendeu nesta segunda-feira (9) o bombeiro Elías Antonio Salazar, suspeito de participar de um esquema para causar grandes incêndios florestais na região de Valparaíso em fevereiro. A tragédia, uma das maiores desse tipo na história chilena, provocou 137 mortes e afetou mais de 16 mil pessoas.
Segundo informações do jornal El País, Salazar era responsável técnico do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), do qual foi demitido após sua prisão.
Ele é o terceiro suspeito preso no caso. Em maio, já haviam sido detidos o bombeiro voluntário Francisco Ignacio Mondaca e Franco Pinto, brigadista da Corporação Florestal Nacional (Conaf), instituição vinculada ao Ministério da Agricultura.
Guillermo Gálvez, inspetor-chefe da PDI em Valparaíso, relatou que Salazar teria participado do esquema para gerar os incêndios porque “gosta de participar e ser um ‘herói’, ajudando quando ocorrem emergências”.
Pinto, um dos presos em maio e que segue em prisão preventiva, foi apontado pelo Ministério Público como autor intelectual dos incêndios e teria como motivação o pagamento de horas extras.
Segundo o El País, ele teria dito a Mondaca que os incêndios estavam “parados” no início do ano no Chile, o que teria levado ao plano de provocar as chamas. Os três suspeitos trocaram mensagens e telefonemas antes dos incêndios, informou a promotoria.
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