As mais pesadas chuvas a atingir em anos uma peregrinação anual do Hajj alagaram as rodovias para Meca, complicando o trânsito enquanto milhões de muçulmanos se dirigem aos locais sagrados. As chuvas acrescentaram mais um aborrecimento, em meio a grandes preocupações com a propagação da gripe suína.
Peregrinos com vestes brancas e guarda-chuvas, alguns usando máscaras nos rostos com medo do vírus H1N1, deram a volta na Caaba em Meca, no rito de abertura do Hajj. A água também invadia as tendas de milhares de fiéis hospedados na cidade de Mina, vizinha a Meca.
Mas o santuário - o local mais sagrado do Islã - e as ruas vizinhas, cobertas de chuvas, não assistiram ao fluxo das enormes multidões, porque muitas pessoas preferiram ficar nos hotéis ou estão presas nos congestionamentos nas rodovias da Arábia e ainda não chegaram a Meca.
Meca e seu porto vizinho, a cidade de Jeedah, frequentemente sofrem pesadas chuvas nos meses de inverno e elas foram particularmente fortes nesta quarta-feira. Só em Jeddah choveu o que costuma chover durante um ano inteiro numa jornada, de acordo com meteorologistas locais.
As chuvas mais fortes coincidiram com os quatro dias do Hajj. O trânsito, sempre congestionado, piorou, com uma fila de 35 quilômetros de automóveis na rodovia de Jeedah a Meca.
As chuvas podem aumentar os perigos do Hajj. Participar dos ritos, um sonho para os muçulmanos, que vêm a Meca limpar os pecados, é um pesadelo logístico, pela enorme quantidade de pessoas que se move para a cidade nos quatro dias. Na peregrinação de 2006, 360 pessoas morreram pisoteadas.
Neste ano, existe o temor de que juntar num mesmo lugar mais de três milhões de pessoas, de várias partes do mundo, possa levar a um surto da gripe suína. As autoridades sauditas esperam a maior parte dos peregrinos para a quinta-feira e fizeram um alerta para que todos se dirijam com calma aos lugares sagrados.
Até agora, quatro peregrinos morreram de gripe suína após chegar à Arábia nos últimos dias. Outros 67 tiveram o vírus H1N1 diagnosticado, informou o ministro da Saúde da Arábia Saudita, Abdullah al-Rabeeah. Sinais nos aeroportos, hotéis e perto dos lugares sagrados pedem às pessoas que lavem bastante as mãos e cubram os rostos com máscaras. Nos aeroportos, a vacinação contra o vírus H1N1 é gratuita.
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