O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começou a moldar os decretos que assinará em seu primeiro dia no poder, incluindo um sobre a imigração na fronteira com o México. Também são esperadas grandes mudanças em assuntos como energia e política externa.
Conforme noticiado nesta quinta-feira (7) pelos jornais The Washington Post e Politico, a campanha de Trump já está em modo de transição após as eleições americanas de terça-feira, nas quais conquistou um segundo mandato que terá início em 20 de janeiro de 2025.
O líder republicano planeja promulgar em seu “primeiro dia” dois decretos para “fechar” a fronteira com o México e aumentar a perfuração de petróleo a fim de reduzir os preços da matéria-prima, disse Jason Miller, conselheiro do presidente eleito, ao Politico.
O assessor não deu detalhes sobre o que implicaria este suposto “fechamento” da fronteira, se significaria fechar os postos legais de entrada ou aumentar a segurança naquela zona fronteiriça, que abrange mais de 3 mil quilômetros.
“Todas as políticas de segurança de fronteira que tínhamos em vigor com o presidente Trump, ele pode simplesmente apertar o botão e colocá-las de volta no lugar, exatamente como eram antes. Eles não precisaram de um ato do Congresso", disse Miller à emissora NBC, nesta quarta-feira (6).
Durante a corrida presidencial, Trump também prometeu assinar uma ordem executiva “no primeiro dia” para impedir que agências federais dessem cidadania americana automática a filhos de estrangeiros ilegais, questão que, se efetivada, pode render uma série de apelos legais.
O plano anunciado pelo presidente reeleito gerou receios no governo democrata de Joe Biden de que possa haver uma onda de migrantes tentando entrar no país pela fronteira sul antes da transição, informou nesta quinta (7) a emissora NBC.
Trump já anunciou esta semana que “no primeiro dia” de seu mandato ameaçará o México com tarifas de 25% sobre todas suas importações se não impedir a “chegada de criminosos e drogas ao país”.
A equipe de Trump também não especificou em que consistirão seus decretos no setor energético e na política internacional.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, conversou por telefone na madrugada desta quinta-feira com o republicano, a quem felicitou por sua vitória eleitoral e transmitiu a confiança de que uma liderança forte de Washington sob seu comando conduzirá a uma "paz justa" na Ucrânia.
“Tive uma excelente conversa com o presidente Donald Trump e felicitei-o por sua histórica e esmagadora vitória, pela tremenda campanha que tornou este resultado possível”, escreveu Zelensky em sua conta na rede social X.
"Concordamos em manter um diálogo estreito e avançar em nossa cooperação. Uma liderança forte e firme dos EUA é vital para o mundo e para uma paz justa", acrescentou o líder ucraniano.
No discurso de vitória, na madrugada de quarta-feira, Trump destacou sua intenção de unir os EUA e prometeu acabar com as guerras no mundo.
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