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DOGE

Como vai funcionar o departamento de Musk que promete cortar US$ 1 trilhão em gastos públicos nos EUA

Como vai funcionar o departamento de Musk que promete cortar US$ 1 trilhão em gastos públicos nos EUA
Elon Musk durante posse de Trump (Foto: EFE/CHIP SOMODEVILLA)

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O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Elon Musk, foi oficialmente estabelecido nesta segunda-feira (20) por meio de um decreto assinado pelo novo presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, logo após sua posse. Com o objetivo de modernizar o governo federal e eliminar desperdícios, o departamento busca cortar cerca de US$ 1 trilhão em gastos até 2026.

O DOGE é parte do compromisso de Trump para desburocratizar seu governo e reduzir programas considerados como ineficientes, entre eles, os que promovem a agenda woke. O decreto presidencial que criou o DOGE reestrutura o antigo Serviço Digital dos Estados Unidos, criado pelo ex-presidente Barack Obama em 2014, que agora se chama “Serviço DOGE dos EUA”. De acordo com Trump, a meta é "modernizar a tecnologia federal e maximizar a eficiência e produtividade do governo".

O trabalho do departamento será temporário, com prazo final estabelecido para 4 de julho de 2026, dia em que se comemora a Independência dos EUA. Antes, o DOGE seria liderado por Musk e pelo empresário Vivek Ramaswamy, mas Ramaswamy desistiu do cargo para investir em sua candidatura ao governo do estado de Ohio.

Já na noite de segunda-feira, o DOGE realizou sua primeira medida significativa ao retirar do ar o site do Conselho Executivo de Diretores-Chefes de Diversidade, uma agência criada no governo de Joe Biden. A ação já simboliza a intenção do novo governo de eliminar programas ineficientes vinculados à agenda woke.

Estrutura e funcionamento do DOGE

De acordo com uma reportagem do The New York Times, o DOGE será composto por equipes especializadas - chamadas de “DOGE Teams” - que atuarão dentro de cada agência federal do novo governo americano. Cada equipe contará com, no mínimo, quatro membros: um engenheiro, um advogado, um especialista em recursos humanos e um líder. Esses grupos terão acesso irrestrito a sistemas e dados não confidenciais das agências para identificar cortes, modernizar tecnologia e implementar desregulamentações.

Entre os principais esforços está a implementação de inteligência artificial para localizar ineficiências e propor economias significativas.

Para compor seu time, Musk recrutou voluntários de alto nível de graduação, incluindo engenheiros do Vale do Silício. Segundo o Times, esses voluntários, que não serão remunerados, aceitaram trabalhar por até seis meses em jornadas intensas de 80 horas semanais. Alguns desses profissionais, incluindo o próprio Musk, podem ser designados como funcionários governamentais temporários, uma categoria especial que limita seu serviço a 130 dias em um ano, cita o jornal americano.

Trump estabeleceu a meta de economizar até US$ 2 trilhões com o DOGE, mas Musk, em declarações recentes, admitiu que US$ 1 trilhão seria uma meta “mais realista”. Críticos argumentam que alcançar cortes significativos sem tocar em programas considerados “essenciais”, como a Seguridade Social, pode ser um desafio para o novo departamento.

O DOGE seguirá uma abordagem inspirada em startups, utilizando ferramentas modernas e práticas ágeis para otimizar processos governamentais.

Segundo informações, o departamento já estava preparando suas ações e recrutando membros antes mesmo da posse de Trump, atuando a partir de um escritório da Tesla em Washington. Ainda não está confirmado, mas é esperado que Musk passe a gerir o departamento a partir de um escritório na Casa Branca. O DOGE deve se reportar diretamente ao gabinete do presidente Trump nos próximos anos.

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