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Mike Waltz

Conselheiro diz que Trump apoiará nova ofensiva de Israel contra Gaza, caso seja necessária

Conselheiro diz que Trump apoiará nova ofensiva de Israel contra Gaza, caso seja necessária
Michael Waltz em foto de 2021 (Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER)

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Mike Waltz, deputado republicano da Flórida indicado pelo presidente eleito Donald Trump para ser o novo Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, declarou nesta quinta-feira (16) em entrevista à emissora americana Fox News que, sob o comando de Trump, os Estados Unidos estarão dispostos a apoiar Israel em uma eventual nova ofensiva contra a Faixa de Gaza, caso isso seja necessário.

Na entrevista, Waltz reiterou que o acordo de cessar-fogo com o Hamas em troca de reféns, que será votado nesta sexta-feira (17) pelo gabinete do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não deve comprometer a segurança de Israel.

“Deixamos muito claro aos israelenses, e quero que o povo de Israel ouça isso: se eles precisarem voltar [para Gaza], estaremos com eles. Se o Hamas não cumprir os termos deste acordo, estaremos com eles”, disse Waltz.

O acordo, firmado entre Israel e Hamas, prevê um cessar-fogo gradual divido em fases de 42 dias. Ele prevê a libertação inicial de 33 reféns que estão sob controle dos terroristas em Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinos e trégua nos combates, que permitiriam a entrada de mais ajuda no enclave. Segundo informações, Israel, no primeiro momento, ainda manterá tropas em partes de Gaza para monitorar a situação, deixando em aberto a possibilidade de retomar as operações militares se o acordo não avançar para as próximas fases, que preveem a libertação de todos os reféns em troca de um cessar-fogo definitivo e reconstrução do enclave palestino.

Na entrevista, Waltz creditou a Trump a conclusão bem-sucedida do acordo, enfatizando o impacto da postura firme do presidente eleito nos desdobramentos.

“Estou convencido de que todos [os reféns] teriam morrido se o presidente Trump não tivesse entrado e dito ‘tirem eles de lá’”, declarou.

Segundo ele, líderes árabes e israelenses reconheceram o chamado “efeito Trump” como determinante para forçar o Hamas a negociar. Waltz afirmou que o grupo terrorista percebeu que as condições piorariam com a posse de Trump, enquanto aliados do Hamas, como o Hezbollah, sofreram perdas significativas no ano passado.

“Hamas sabia que não tinha escolha e acreditou em Trump quando ele disse que haveria consequências severas”, completou Waltz, comparando a liberação dos reféns à libertação de americanos no Irã em 1980, momentos após a posse de Ronald Reagan.

Ao comentar sobre a relação entre os Estados Unidos e Israel, Waltz criticou a o governo do presidente em fim de mandato, Joe Biden, por impor restrições ao fornecimento de armas a Israel durante o conflito. Waltz prometeu uma postura diferente sob o governo Trump.

“Vocês não verão esta administração pisar no freio para garantir que Israel possa se armar”, assegurou.

Além disso, Waltz indicou que o governo Trump dará prioridade à normalização das relações entre Israel e a Arábia Saudita, uma vez que o conflito com o Hamas esteja resolvido.

“Retomar esse processo é uma grande prioridade”, disse.

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