A Coreia do Norte disse na segunda-feira que deseja assinar rapidamente um tratado de paz com seus inimigos para substituir o armistício que encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953), o que criaria um ambiente de confiança com os EUA e facilitaria a retomada das negociações nucleares.
Mas o novo enviado especial do governo Obama para a questão dos direitos humanos na Coreia do Norte disse que as relações bilaterais só poderão melhorar se Pyongyang parar os abusos sistemáticos aos seus cidadãos.
A Coreia do Norte disse há algumas semanas que estava pronta para voltar às negociações multilaterais de desarmamento nuclear, paralisadas há um ano. Analistas dizem, porém, que o regime comunista pode impor condições para isso.
"Se for para construir confiança entre a RDPC (Coreia do Norte) e os EUA, é essencial concluir um tratado de paz para terminar o estado de guerra, uma causa de raiz para as relações hostis", disse um porta-voz da chancelaria, citado pela agência estatal KCNA.
"A remoção da barreira de tal discriminação e desconfiança, como sanções, pode em breve levar à abertura das negociações a seis partes", acrescentou o porta-voz, referindo-se ao processo que reúne EUA, China, Rússia, Japão e as duas Coreias.
Os EUA habitualmente condicionam a negociação de paz com a Coreia do Norte à suspensão do programa de armas nucleares do país, o que é considerado uma das maiores ameaças atuais contra o norte da Ásia.
A isolada e miserável Coreia do Norte já fizera apelos semelhantes por um tratado de paz, mas poucos analistas acham que o país abriria mão do programa de armas nucleares, que está no centro do domínio militar sobre a vida norte-coreana.
Analistas dizem que, voltando às negociações de desarmamento, a Coreia do Norte poderia estar tentando recuperar a ajuda internacional.
Forças da ONU lideradas pelos EUA e lutando em nome da Coreia do Sul assinaram o cessar-fogo com a Coreia do Norte e a China, que encerrou a Guerra da Coreia. As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra, e há cerca de 1 milhão de soldados estacionados perto da fronteira comum.
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