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Corrida armamentista

Coreia do Norte realiza novo teste nuclear sob protestos mundiais

Funcionário da Agência Meteorológica do Japão mostra registros de abalo sísmico após teste atômico da Coreia do Norte | Yuriko Nakao / Reuters
Funcionário da Agência Meteorológica do Japão mostra registros de abalo sísmico após teste atômico da Coreia do Norte (Foto: Yuriko Nakao / Reuters)

A Coreia do Norte confirmou nesta segunda-feira (25) que realizou "com sucesso" seu segundo teste nuclear subterrâneo, conforme diz a agência estatal norte-coreana "KCNA". O país comunista também informou que a explosão foi ainda mais forte - em poder e tecnologia - que a operação realizada em 2006.

O governo norte-coreano afirmou que o teste foi "seguro", sem vazamento de material radioativo.

"Como tinham solicitado nossos cientistas e técnicos, nossa república levou a cabo com sucesso outro teste nuclear subterrâneo neste 25 de maio, como parte das medidas para fortalecer o poder nuclear em defesa própria", disse a KCNA, sem fornecer detalhes sobre a região afetada pela prova.

Em outubro de 2006, a Coreia do Norte já havia realizado uma operação semelhante, que desencadeou uma série de sanções internacionais ao país.

O novo teste já provocou reações diplomáticas imediatas dos governos da Coreia do Sul e do Japão e também da China , aliada norte-coreana.

Fontes diplomáticas sul-coreanas dizem que o país vizinho também disparou mísseis de curto alcance, informação não confimada pelo governo da Coreia do Norte .

Terremoto

Logo após o teste nuclear norte-coreano, sismógrafos de Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Rússia registraram ao menos um grande tremor de terra, que não causou vítimas nem provocou danos.

A Agência Meteorológica do Japão detectou ondas sísmicas procedentes da Coreia do Norte, pouco depois do teste, segundo um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores.

A Agência sísmica da Coreia do Sul registrou um tremor de 4,5 graus de magnitude na escala Richter, poucos antes das 10h (22h de Brasília de domingo, 24). O porta-voz da Casa Presidencial sul-coreana, Lee Dong-Kwan, disse que às 9h54 seu governo detectou um "terremoto artificial" perto de Poongkye-Ri, na província Norte de Hamkyong.

O Instituto Geológico dos EUA confirmou que um terremoto de magnitude 4,7 sacudiu a Coreia do Norte, a 375 km a nordeste de Pyongyang, às 9h54 (21h54 de Brasília), a 10 km sob a superfície terrestre.

A estação sismológica Yuzhno-Sajalinsk, no extremo oriental da Rússia, registrou um terremoto de 4,7 graus às 11h54, a uma profundidade de 10 km, no território norte-coreano, devido "aparentemente" a uma explosão.

Os ministros de Exteriores sul-coreano, Yu Myung-hwan, e japonês, Hirofumi Nakasone, que participam em Hanói da reunião do Fórum Ásia-Europa (Asem), disseram que já pediram reunião urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para pedir sanções ao país.

Ameaça

O regime comunista norte-coreano tinha ameaçado, no dia 29 de abril, levar a cabo um teste nuclear depois que o Conselho de Segurança da ONU condenou seu lançamento de um foguete de longo alcance no dia 5 de abril.

A Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear em outubro de 2006, três meses após lançar vários mísseis, entre eles um Taepodong de longo alcance, e isso lhe acarretou sanções e a condenação das Nações Unidas.

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