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Luto

Corpos de militares chegam amanhã ao Brasil

No dia em que o Exército encontrou mais dos corpos de militares brasi­­leiros mortos no terremoto do dia 12 no Hai­­ti, informou também que a previsão de chegada dos corpos ao Brasil é amanhã. Ainda há dois militares de­­sa­­pa­­recidos, e sobre eles o Exér­­cito não divulgou novidades. O avião que trans­­portará os corpos aterrissará em Brasília.

As honras fúnebres serão feitas em Brasília, com a presença de parentes das vítimas. O co­­mando do Exército afirmou que a busca pelo último desaparecido é prioridade para as tropas bra­­sileiras. O quartel da Minus­­tah em Porto Príncipe ficava em um hotel situado em local elevado, o que dificulta o acesso, so­­bre­­tudo de equipamentos de grande porte usados para deslocar os escombros.

Na manhã de ontem, foi identificado o corpo do tenente-coronel Marcus Vinicius Macedo Cys­­neiros, um dos três militares brasileiros ainda tidos como de­­saparecidos desde o terremoto do último dia 12, no Haiti. O nú­­mero oficial de brasileiros mortos no terremoto sobe, assim, para 18 – incluindo dois civis, entre eles, a médica sanitarista Zilda Arns.

Segundo o Exército, Cysnei­­ros servia no Gabinete do Co­­man­­dante do Exército, com sede em Brasília.

No Haiti, ele atuava como ob­­servador militar da Missão das Nações Unidas para a Estabi­­li­­zação do Haiti (Minustah).

O Exército não informou se continuam as buscas pelos ou­­tros dois militares tidos como desaparecidos: o major Márcio Guimarães Martins, do Coman­­do da Brigada de Infantaria Pa­­raquedista, sediada no Rio de Janeiro, e o coronel João Eliseu Souza Zanin, do Gabinete do Comandante do Exército, sediado em Brasília.

Todos estariam desaparecidos após o desabamento da sede administrativa da missão de paz da ONU no país, liderada pelo Brasil, no Hotel Christopher, em Porto Príncipe.

Na sexta-feira passada, o mi­­nistro da Defesa, Nelson Jobim, disse ser "eufemismo" falar em desaparecidos e que considera os militares mortos.

Cely Zanin, mulher do coronel João Eliseu Souza Zanin, ainda tem esperança de rever o ma­­rido. Ela emitiu uma nota de repúdio à afirmação de Jobim. Intitulado "Repúdio à falta de respeito do ministro Jobim aos brasileiros", o comunicado diz que "ninguém tem o direito de tirar a esperança do meu coração, dos meus filhos, da nossa família e de nossos amigos."

No Orkut, os filhos do coronel expressam a sua fé: "Pai, aguenta firme. Eu sei que você vai sobreviver", diz o perfil de um dos adolescentes. Já a filha conta com o resgate possivelmente feito pelos colegas de Za­­nin: "Pai aguenta firme! Eles tão indo te buscar!! Seu anjinho tá com você!!! Aguenta!!!"

O coronel, que estava nas instalações da ONU que desabaram no momento do terremoto, chegara a Porto Príncipe 24 horas antes do tremor que devastou a capital.

À noite, o Exército confirmou também a morte do co­­ro­­nel João Eliseu Souza Zanini.

Feridos

O quadro clínico dos 16 militares que permanecem internados no Hospital Geral de São Paulo é es­­tável e alguns estão em condições de terem alta hospitalar. "Todos permanecerão internados até o término do período de quarentena, para a realização dos exames complementares previstos para os militares que participam da Minustah", afirma o Exército, em nota.

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