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Um funcionário do Ministério do Interior de Cuba, o tenente-coronel Roberto Hernández Caballero, começou a depor hoje no julgamento do ex-agente da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), Luis Posada Carriles, que é julgado em El Paso por perjúrio pela Justiça. Carriles, de 82 anos, é acusado por Cuba e Venezuela por explodir um avião comercial em 1976, ataque no qual foram mortas 73 pessoas. Nos EUA, contudo, a Justiça acusa o veterano ex-agente de tentar enganar a imigração americana, quando entrou ilegalmente nos EUA em 2005.

Procuradores americanos dizem que Carriles também mentiu às autoridades durante seu processo de naturalização como cidadão dos EUA. Ele também é acusado de ocultar seu papel nos atentados contra hotéis em Havana em 1997, quando um turista italiano foi morto em um ataque a bomba. O ex-agente, que nasceu na província cubana de Cienfuegos, passou quase toda a vida percorrendo a América Latina como agente dos EUA durante a Guerra Fria. Ele também se naturalizou venezuelano.

A participação de duas testemunhas cubanas no julgamento americano de Posada Carriles é uma cooperação totalmente inédita entre os dois países. Além de Caballero, a médica forense cubana Ilena Vizcano Dime irá depor e responder perguntas sobre a morte do turista italiano Fabio Di Celmo, morto aos 32 anos no ataque de 1997 contra o Hotel Copacabana, em Havana. As informações são da Associated Press.

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