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Cúpula da Paz sobre Gaza organizada pelo Egito termina sem declaração conjunta| Foto: EFE

A Cúpula da Paz para Gaza e a "questão palestina" organizada pelo Egito na chamada Nova Capital Administrativa, a leste do Cairo, terminou neste sábado(20) sem uma declaração final conjunta dos 34 países e organizações internacionais que participaram no encontro.

O Egito, país que convocou a reunião, emitiu uma nota na qual agradece o esforço de procura de consenso, acima de posições políticas ou religiosas, para abordar esta crise e a situação de Israel e da Palestina, e a posição comum de "ver a importância de reavaliar a estratégia internacional para abordar o conflito".

Fontes da delegação espanhola avaliaram positivamente a reunião, apesar da ausência de uma declaração final, como um passo muito importante para mobilizar a comunidade internacional para reativar a luta pela coexistência de dois Estados, Israel e Palestina, defendida há anos tanto pela Espanha como pela União Europeia.

Neste sentido, as mesmas fontes assinalaram que a Espanha desempenhará um papel importante nesta reativação, tanto pela sua ajuda na definição da posição da UE sobre esta questão como pela sua posição privilegiada no necessário diálogo euro-árabe.

Desde o início, a reunião, que ocorreu na Nova Capital Administrativa do Egito, situada cerca de 50 quilômetros a leste do Cairo, foi imediatamente evidente no seu apoio à ideia de reavivar a solução dos "dois Estados" e a coexistência no conflito.

Todos os que se manifestaram no início do encontro defenderam as mesmas ideias: a coexistência de dois Estados é a única solução viável para o conflito, as vidas civis devem ser protegidas em todo o lado e a ajuda humanitária deve ser autorizada na Faixa de Gaza.

No entanto, também foi notória a diferença de sensibilidade entre o mundo árabe e o Ocidente no que diz respeito à avaliação da situação dos palestinos e às responsabilidades pela sua situação.

Fontes árabes informaram à Agência EFE que a declaração final não se concretizou, apesar do acordo sobre muitas questões, devido à recusa da Europa em responsabilizar Israel pela morte de civis e em exigir um cessar-fogo.

No comunicado de encerramento, o Egito e o seu presidente Abdel Fatah al Sisi afirmaram que a iniciativa procurava "estabelecer um consenso global" para rejeitar "a violência, o terrorismo" e pedir o fim da guerra em curso que causou a morte de "milhares de civis inocentes tanto na Palestina como em Israel".

Também solicitou respeito pelas regras do direito internacional e humanitário "que sublinham a importância vital de proteger os civis e não expô-los a perigos ou ameaças".

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