A Justiça argentina disponibilizou a denúncia que o promotor Alberto Nisman apresentou contra a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timernan e colaboradores do governo.
Com quase 300 páginas, o documento diz que os chanceleres de Argentina e Irã se encontraram secretamente na Síria em 2011 e o argentino disse que já não interessava procurar os culpados pelo atentado de 1994 à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em Buenos Aires, que deixou 85 mortos - o governo queria uma aproximação geopolítica e comercial.
Foram assinados, diz o texto, documentos secretos para que a Argentina pedisse à Interpol tirar o alerta vermelho contra iranianos suspeitos da explosão da bomba.
Segundo o promotor, Luis D'Elia, militante próximo ao núcleo do governo, tinha procuração para negociar com um representante dos iranianos na Argentina. Esse agente, por sua vez, respondia a um chefe no governo de Teerã que é um dos procurados pela Interpol pelo atentado.
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