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Vaticano

“Derrubem os muros da desconfiança”, diz o papa Francisco às duas Coreias

Homens terminam de instalar cartaz gigante com uma mensagem de boas-vindas ao papa, em Seul. Último pontífice a visitar o país foi João Paulo II, há 25 anos | Kim Hong-Ji/Reuters
Homens terminam de instalar cartaz gigante com uma mensagem de boas-vindas ao papa, em Seul. Último pontífice a visitar o país foi João Paulo II, há 25 anos (Foto: Kim Hong-Ji/Reuters)
Multidão espera para ver o papa Francisco chegar à Conferência Episcopal Coreana |

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Multidão espera para ver o papa Francisco chegar à Conferência Episcopal Coreana

O papa Francisco está na Coreia do Sul e, ao chegar ontem, na capital Seul, ele encorajou as duas Coreias a buscar a paz e a "derrubar os muros da desconfiança". A mensagem foi dada numa cerimônia no palácio presidencial sul-coreano. O sumo pontífice fica em território asiático até a próxima segunda-feira.

"A busca da Coreia pela paz é uma causa que nos preocupa especialmente porque afeta a estabilidade de toda a região e de todo o mundo, cansado de guerras", foram as primeiras palavras de Francisco, pronunciadas em inglês, em território sul-coreano.

O papa se encontrou com a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e lembrou que a Península da Coreia "é uma terra que sofreu durante muito tempo com a ausência de paz" e pediu que "derrubem os muros do ódio promovendo uma cultura da reconciliação e de solidariedade".

O líder católico destacou que "a diplomacia como arte do possível está baseada na firme e constante convicção de que a paz pode ser alcançada mediante a escuta atenta e o diálogo, mais do que com recriminações recíprocas, críticas inúteis e demonstrações de força".

Ainda ontem, a tensão na península coreana aumentou após o lançamento de cinco mísseis de curto alcance pelo regime de Kim Jong-un. Todos eles caíram no mar. A relação entre Norte e Sul nos últimos anos esteve caracterizada por atritos constantes e desencontros. E os dois países permanecem tecnicamente em conflito, pois na Guerra da Coreia (1950-1953) foi assinado um armistício, nunca a paz definitiva.

"Nós coreanos acreditamos que a dor das Coreias pode ser curada com sua visita e esperamos que esta nos leve à reconciliação", disse a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, ao papa.

Francisco participa hoje da 6ª Jornada da Juventude Católica Asiática, que ocorre no oeste do país, e insistiu na importância de aproveitar o encontro para "escutar as preocupações dos jovens e refletir sobre a necessidade de transmitir a eles o dom da paz".

O papa vai ainda lembrar o papel dos pioneiros católicos coreanos que "dispostos a dar a vida pela verdade em que acreditavam estenderam a fé no país nos séculos 18 e 19, apesar de terem sofrido perseguições e torturas". No sábado, haverá a beatificação de 124 mártires sul-coreanos na Praça de Gwanghwamun.

Contato com a China é sem precedentes

Agência O Globo

No voo até a Coreia do Sul, o papa Francisco enviou uma mensagem sem precedentes de boa vontade à China, enquanto voava sobre o país, que não permite aos católicos locais reconhecer sua autoridade.

"Ao ingressar no espaço aéreo chinês, estendo meus melhores desejos à sua excelência e aos seus cidadãos, e invoco as bênçãos divinas da paz e bem-estar para sua nação", disse Francisco em uma mensagem transmitida por rádio ao presidente da China, Xi Jinping. Pela primeira vez um papa recebeu autorização para voar sobre a China em uma viagem para a Ásia. O papa João Paulo II evitou o espaço aéreo, em 1999, devido às relações tensas entre Pequim e o Vaticano.

O Vaticano não tem relações formais com a China desde que o Partido Comunista tomou o poder em 1949. A Igreja Católica na China está dividida em duas comunidades: uma Igreja "oficial" conhecida como "Associação Patriótica", que responde ao partido, e uma Igreja clandestina que jura lealdade somente ao papa em Roma.

Francisco não mencionou a China em conversa com jornalistas no avião e insistiu no papel da mídia para promover a paz.

Futebol

Papa envia saudações ao time do San Lorenzo pela Copa Libertadores

Efe

O papa Francisco enviou ontem um "ciclón" ("ciclone", em português) de saudações ao San Lorenzo, clube de que é torcedor, campeão da Taça Libertadores, com a vitória sobre o Nacional, do Paraguai, por 1 a 0, na partida ocorrida na última quarta-feira. O líder da Igreja Católica recebeu a informação do resultado da partida pouco depois de chegar à Coreia do Sul. De acordo com a imprensa argentina, as primeiras palavras do sumo pontífice foram o envio da mensagem para o clube e para seus torcedores, utilizando o apelido do San Lorenzo, que é conhecido como "Ciclón". De acordo com a rádio La Red, uma delegação viajará para o Vaticano com objetivo de oferecer o troféu da Libertadores ao papa, como já aconteceu em dezembro passado, quando o San Lorenzo conquistou o título de campeão argentino.

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