Foram avistados perto na cidade de Gossi, no Mali, na África, destroços que parecem ser do avião da companhia Air Algerie que desapareceu no ar, nesta quinta-feira (24), com 116 pessoas a bordo. Mais cedo, o chanceler francês, Laurent Fabius, disse que a aeronave "provavelmente" caiu. Um representante da agência argelina de aviação confirmou à Reuters que a aeronave caiu.
O controle teria perdido contato com o avião à 1h55 (22h55 de Brasília), cerca de 50 minutos após a decolagem de Uagadugu, capital de Burkina Fasso, rumo a Argel, capital da Argélia. Autoridades de Burkina Fasso afirmaram que entregaram o voo à torre de controle de Niamey, Níger, à 1h38. Eles disseram que o último contato com o voo ocorreu logo após 3h30.
Segundo Fabius, ainda não há nenhum sinal de escombros, e as buscas estão sendo realizadas por caças franceses "em uma vasta zona do território malinense ao redor da região de Gao". A cidade de Gao é controlada pelo governo malinense, em grande parte, mas também é palco de violência separatista.
O avião operado pela Air Algerie - um modelo MD-83 pertencente à companhia aérea privada espanhola Swiftair - levava seis tripulantes (espanhóis) e 110 passageiros. Destes, mais de 50 eram franceses. Outros 27 eram burquinenses. Não há confirmação sobre a nacionalidade dos demais.
Acidentes
O episódio é o último de uma série de desastres aéreos. Em março, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo quando ia de Kuala Lumpur (Malásia) para Pequim (China).
Na semana passada, outro avião, também da Malaysia Airlines, um Boeing-777, foi derrubado aparentemente pelo disparo de um míssil na região ucraniana de Donetsk, perto da fronteira com a Rússia. O medo de que algo parecido ocorresse em Israel fez empresas americanas e europeias suspenderem voos internacionais para o aeroporto de Tel Aviv -a maioria já retomou as atividades.
Ademais, nesta quarta (23), um avião da Transasia Airways caiu em Taiwan durante um temporal, matando 48 pessoas.
Confusão sobre o momento do desaparecimento
A agência de notícias estatal argelina APS disse que as autoridades locais perderam contato com o voo AH 5017 uma hora depois de ele decolar de Burkina Faso, embora outras autoridades tenham dado informações diferentes sobre o momento do desaparecimento, o que aumentou a confusão sobre o destino do avião e onde ele poderia estar.
Em meio à confusão, uma autoridade da aviação civil argelina informou que o último contato com o avião foi à 1h55 GMT (22h55 em Brasília), quando sobrevoava a cidade de Gao, no Mali. Mas autoridades da aviação em Burkina Faso afirmaram ter passado o controle do avião para a torre de Niamey, no Níger, à 1h38 GMT. Elas disseram ter perdido o contato com o aparelho logo depois das 3h30 GMT.
Causas para a queda
O Ministério de Transportes argelino instalou um gabinete de crise no aeroporto de Argel.
O jornal local Al Watan disse que as autoridades não descartam nenhuma possibilidade entre as causas do acidente, como problemas técnicos, meteorológicos ou um atentado.
A região na qual o avião estava no momento do desaparecimento é o o nordeste do Mali, onde existem focos de jihadistas que lutam contra as forças regulares do país.
Avião teria sido usado pelo Real Madrid
Segundo o site do jornal espanhol Marca, o MD-83 que fazia o voo AH 5017, que caiu nesta quinta-feira (24), já foi usado pelo Real Madrid. O time espanhol teria usado a aeronave, de prefixo EC-LTV, entre 2007 e 2009.