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Oriente Médio

Egito propõe um cessar-fogo em Israel

No sul de Gaza: familiares de palestinos mortos durante o conflito dos últimos dias choram durante funeral em Rafah | Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
No sul de Gaza: familiares de palestinos mortos durante o conflito dos últimos dias choram durante funeral em Rafah (Foto: Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
No norte de Gaza: ataque com míssil israelense em Jabaliya |

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No norte de Gaza: ataque com míssil israelense em Jabaliya

O Egito apresentou ontem uma proposta de cessar-fogo entre Palestina e Israel para interromper a escalada de violência que atinge a região há cerca de uma semana. O conflito já matou pelo menos 186 palestinos, de acordo com a CNN.

Uma autoridade do Ha­­mas, que controla a Faixa de Gaza, disse que o grupo está aberto a negociar o plano, considerado a ação mais concreta tomada pelos negociadores internacionais até agora. Israel não se manifestou, mas a mídia local informa que oficiais do governo indicam considerar seriamente o acordo.

Israel pede garantias de um período prolongado de trégua, enquanto o Hamas busca uma flexibilização do bloqueio imposto a Gaza.

O ministro do Exterior do Egito anunciou o plano, que incluiria três passos, com a condição de um cessar-fogo temporário a ser adotado em 12 horas pelos dois lados.

A paralisação dos ataques seria seguida pela abertura das fronteiras de Gaza e negociações entre os dois lados no Cairo daqui a dois dias.

"O problema não é voltar ao acordo de não agressão, porque queremos o fim dos ataques", afirmou o líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh. "O problema é a realidade de Gaza, o cerco, a fome, os bombardeios... O cerco deve acabar e o povo de Gaza precisa de uma vida digna."

A proposta foi apresentada ontem na reunião da Liga Árabe de ministros do exterior. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, devem chegar à região hoje.

Contexto

A violência recente foi gerada pelo assassinato de três adolescentes israelenses e pela morte de um jovem palestino. Autoridades de Israel disseram ontem que três pessoas presas pela morte do palestino confessaram tê-lo queimado vivo.

Foguete lançado do Líbano atinge o território israelense

Das agências

Pelo menos um foguete disparado do Líbano atingiu ontem o norte de Israel, que respondeu bombardeando o local de lançamento, disseram fontes de segurança libanesas e o Exército israelense.

Não houve relatos imediatos de vítimas do ataque. Essa teria sido pelo menos a quarta vez que foguetes foram disparados do Líbano desde o início da ofensiva israelense contra militantes palestinos, que lançaram foguetes da Faixa de Gaza em direção a Israel há uma semana.

O foguete foi disparado de uma área em torno da cidade de Tyre, no sul libanês, disseram fontes de segurança libanesas. Israel respondeu disparando pelo menos 15 morteiros.

Um porta-voz militar israelense disse que o Exército "disparou uma salva de morteiros em direção ao local de lançamento no Líbano".

Prisão

Na última sexta-feira, autoridades libanesas disseram ter detido um homem suspeito de estar por trás de um dos ataques com foguetes. A agência de notícias nacional disse que ele era membro de um "grupo fundamentalista", mas não deu detalhes.

Há o risco de que o grupo libanês Hezbollah, que apoia o Hamas contra Israel, leve o conflito para o Líbano, o que tornaria a situação de Tel Aviv ainda mais complicada, realizando ofensivas contra inimigos na Faixa de Gaza e também fora de suas fronteiras.

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