As eleições legislativas e para governador nos EUA só chegam ao fim hoje, mas os norte-americanos já respiram a corrida presidencial de 2016. Na campanha de 2014, políticos que acalentam o sonho de disputar a Casa Branca caíram na estrada e arrecadaram fundos, testando viabilidade e prestígio junto a eleitores e doadores.
Ex-secretária de Estado, ex-senadora e ex-primeira-dama, a democrata Hillary Clinton concentra as atenções, pois sua candidatura é dada como certa e seu nome, muito forte. Mas tanto em seu partido quanto entre os republicanos, ao menos 65 pessoas foram mencionadas nesse ciclo como possíveis candidatos à nomeação daqui a dois anos.
Um dos indicadores mais observados pelos analistas para determinar a disposição de um político em concorrer à Presidência é a passagem por Iowa, que abre o ciclo das primárias que definem os candidatos. Em 2014, pelo menos dez interessados desembarcaram por lá mais de uma vez.
"Mas quem larga na frente sempre acaba desidratando, e quem emerge das primárias chega energizado. Favoritismo não ganha eleição. A corrida presidencial é competitiva", salienta a cientista política Lara Brown, da George Washington University.
Republicanos
O campo republicano é o mais fértil à especulação, devido ao fato de o partido estar fora da Presidência desde 2009 e à ascensão da ala ultraconservadora desde 2010. Pesquisa The Washington Post/ABC tem ido às ruas com 14 opções de nomes: do favorito do Tea Party Ted Cruz, senador pelo Texas, ao libertário Rand Paul, senador por Kentucky, passando pelo latino Marco Rubio, senador pela Flórida, entre outros.
Os nomes melhor posicionados hoje junto ao eleitorado republicano são o ex-candidato presidencial de 2012, Mitt Romney (21%), e o ex-governador da Flórida Jeb Bush (11%).