Milhares de estudantes chilenos foram às ruas de Santiago nesta quinta-feira (27) em protestos contra os atrasos na execução da uma reforma educacional no país, implementada com tropeços pelo governo de Michelle Bachelet. As manifestações começaram pacíficas, com as pessoas agitando bandeiras, cantando e dançando, mas terminaram com confrontos entre a polícia e pessoas encapuzadas. Os agentes lançaram gás lacrimogêneo e jatos d’água para dispersar os vândalos.
No ato denominado “Marcha em defesa da educação”, os manifestantes percorreram grande parte do Centro de Santiago pedindo uma educação gratuita no país. De acordo com os organizadores, 80 mil pessoas participaram dos protestos, em um dia frio de inverno em Santiago. Outras manifestações parecidas ocorreram em cidades como Valparaíso, Concepción e Temuco.
Os estudantes não realizavam protestos há dois meses, mas decidiram voltar às ruas depois que a nova ministra da Educação, Adriana Delpiano, adiou o ingresso de um projeto no Parlamento sobre a gratuidade universal, que deveria ter sido despachado em setembro. Semanas antes, Bachelet anunciou mudanças em uma iniciativa para transformar em gratuita a educação superior a partir do próximo ano para estudantes mais pobres, no primeiro passo para um benefício que se universalizaria a partir de 2020.
O sistema educacional no Chile era gratuito até o general Augusto Pinochet privatizar o setor durante a ditadura que durou entre 1973-1990. Hoje, no entanto, é considerado um dos mais caros do planeta, após a redução de quase metade da participação pública e do fomento da inclusão de entidades privadas.
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