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O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), em Caracas, em abril
O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), em Caracas, em abril| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (5) que garantiram a libertação de 135 prisioneiros políticos detidos na Nicarágua, que, segundo a Casa Branca, serão recebidos na Guatemala.

"Os Estados Unidos agradecem pela liderança e generosidade do governo da Guatemala por aceitar graciosamente esses cidadãos nicaraguenses. Uma vez na Guatemala, será oferecida a esses indivíduos a oportunidade de solicitar meios legais para reconstruir suas vidas nos Estados Unidos ou em outros países", disse o assessor presidencial de Segurança Nacional, Jake Sullivan.

Na declaração oficial, Sullivan afirmou ainda que ninguém deveria ser preso por exercer pacificamente seus direitos fundamentais à liberdade de expressão, associação e prática religiosa.

Entre as 135 pessoas libertas estão 13 membros da ONG Mountain Gateway, com sede no Texas, bem como leigos católicos, estudantes e outros que o ditador nicaraguense, Daniel Ortega, e a vice do regime, Rosario Murillo, sua esposa, "consideram uma ameaça ao seu governo autoritário", de acordo com o governo de Joe Biden.

Biden e sua número dois, a candidata democrata nas eleições de 5 de novembro, Kamala Harris, agradeceram ao presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo de León, por "sua liderança contínua em toda a região ao tratar de questões humanitárias e defender a liberdade democrática".

"Os Estados Unidos pedem novamente ao governo [regime] da Nicarágua que cesse imediatamente a prisão arbitrária e a detenção de seus cidadãos pelo simples exercício de suas liberdades fundamentais", acrescentou Sullivan, segundo o qual a libertação dessas 135 pessoas ocorreu "por razões humanitárias".

Em fevereiro de 2023, a ditadura de Ortega libertou 222 presos políticos e os expulsou do país. Naquela ocasião, após sua libertação, eles foram levados ao aeroporto internacional de Manágua para embarcar em um avião para Washington.

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