Os Estados Unidos e a França irão em breve aprovar uma proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para encerrar o impasse em torno do programa nuclear do Irã, afirmou nesta sexta-feira (23) um diplomata à France Presse. O ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, também se declarou favorável à iniciativa. Pedindo anonimato, o diplomata relatou que os embaixadores de EUA e França na AIEA se encontrarão em breve com o diretor da entidade, o egípcio Mohamed ElBaradei, para apresentar respostas positivas ao projeto.
Mais cedo na semana, ElBaradei estabeleceu a data desta sexta-feira como prazo para França, Irã, Rússia e EUA darem aprovação formal a um acordo sobre o tema. Por essa proposta, Teerã enviará urânio ao território russo, onde ele será enriquecido. "Nós concordamos com essas propostas", disse Lavrov em entrevista coletiva. O ministro russo pediu que os outros países fizessem o mesmo.
O enriquecimento de urânio pode ser usado para fins pacíficos, mas também para a produção de armas nucleares. A AIEA defende que o Irã enriqueça o material em outro país, como forma de ampliar o controle sobre o programa nuclear iraniano, alvo de controvérsia internacional. Teerã afirma ter apenas fins pacíficos, mas países como EUA e Israel desconfiam que o país persa também busque produzir armas. O Irã deu sinais divergentes sobre se aceitaria enviar quase todo seu urânio ao exterior para o processo de enriquecimento.
Os diplomatas dizem que a Rússia ficaria com todo o urânio, mas subcontrataria a França para processar parte dele. Com isso, não seria necessária uma negociação direta entre Paris e Teerã. Os negociadores iranianos deixaram claro durante as consultas da AIEA nesta semana que não queriam a França como parte de um acordo. O governo do presidente Nicolas Sarkozy tem sido um duro crítico do programa nuclear iraniano, temendo que o país busque uma bomba nuclear.
STF poderá forçar governo a tomar medidas mais efetivas contra danos das bets
Com argumentos de planos de saúde, associações de autistas fazem lobby negacionista com governo Lula
Novo “AeroLula”? Caso do avião presidencial no México reacende debate
“Precipitada” e “inconsistente”: como economistas reagiram à melhora da nota do Brasil
Deixe sua opinião