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Pessoas agitam bandeiras nacionais da Síria e fotos de Bashar al-Assad em manifestação contra as sanções dos EUA ao país, no centro da capital Damasco, em 11 de junho de 2020| Foto: LOUAI BESHARA / AFP

O governo do presidente americano Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (17) novas sanções contra o ditador da Síria, Bashar al-Assad, sua esposa e outros 37 indivíduos do seu entorno, aumentando a campanha de pressão econômica e política para forçar o fim do sangrento conflito que já dura mais de nove anos no país.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que designou os 39 indivíduos com base na lei César, que foi promulgada em dezembro em 2019 e leva o nome de um policial sírio que compartilhou com o mundo milhares de fotografias que documentavam a tortura cometida nas prisões de Assad.

O anúncio das sanções é "o começo do que será uma campanha sustentada de pressão econômica e política para privar o regime de Assad de lucros e do apoio que usa para travar guerra e cometer atrocidades em massa contra o povo sírio", disse em comunicado o secretário de Estado, Mike Pompeo, enfatizando que novas sanções serão aplicadas até que o regime encerre a "guerra brutal" contra seus cidadãos e concorde com uma solução política para o fim do conflito como o previsto por resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Simultaneamente, o Departamento do Tesouro americano anunciou sanções contra 24 indivíduos, empresas e agências do governo que estão "apoiando ativamente os corruptos esforços de reconstrução" de Assad.

Muitos da lista já estavam sob sanções dos EUA, mas agora as punições se estendem a qualquer um que faça negócios com eles.

A esposa de Bashar al-Assad, Asma, não tinha sido alvo de sanções americanas até então, mas foi punida agora por ser "uma das mais notáveis oportunistas da guerra", de acordo com o Departamento de Estado.

Segundo o governo americano, vários dos alvos das sanções desempenharam algum papel na obstrução de uma solução política pacífica para o conflito, enquanto outros ajudaram e financiaram as atrocidades do regime de Assad enquanto enriqueciam.

A Síria já enfrentava sanções dos EUA e da União Europeia que congelaram bens do Estado, de empresas e de indivíduos. Também são proibidos investimentos e exportação para a Síria por americanos. Agora podem ser punidos também, com sanções financeiras e restrições de viagens, qualquer pessoa ou organização de qualquer lugar do mundo que fizer negócios com as pessoas e entidades dessa lista.

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