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Revista inglesa

EUA querem Brasil e China como forças de paz na Ucrânia, diz Economist

Militares ucranianos em Donetsk, uma das regiões ocupadas parcial ou totalmente pela Rússia (Foto: EFE/EPA/24ª Brigada Mecanizada da Ucrânia)

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A revista inglesa The Economist relatou neste fim de semana que a gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cogita a ideia de que países não europeus, como Brasil e China, enviem forças de paz à Ucrânia para garantir um cessar-fogo caso haja um acordo nesse sentido entre Kiev e a Rússia, que invadiu o país vizinho há três anos.

A publicação britânica mencionou o Brasil num artigo publicado no seu site neste domingo (16), no qual destacou a decisão de Trump de não convidar aliados da Otan para as negociações de paz com o ditador Vladimir Putin.

“Autoridades americanas estão sugerindo um tipo diferente de força de manutenção da paz, incluindo países não europeus como o Brasil ou a China, que ficariam ao longo de uma eventual linha de cessar-fogo como uma espécie de proteção”, afirmou a Economist.

“Acredita-se que o senhor [o vice-presidente americano, J. D.] Vance tenha dito aos europeus que uma força somente europeia seria menos eficaz para dissuadir a Rússia de atacar. Ivan Krastev, um cientista político, brinca que a fronteira pode ser chamada de ‘linha Trump’ para agradar a vaidade do presidente. No entanto, a Rússia se opõe a qualquer implantação de tropas estrangeiras na Ucrânia, então o senhor Trump teria que coagir o senhor Putin”, acrescentou a revista.

O artigo é publicado num momento em que países da Otan, como Reino Unido, Holanda e Bélgica, afirmam que cogitam enviar forças de paz à Ucrânia em caso de cessar-fogo. O Brasil e a China ainda não se pronunciaram sobre o artigo da Economist.

A participação desses países numa força de paz causaria estranheza, pela proximidade de ambos com Putin via Brics.

A China foi acusada de ajudar a agressão russa à Ucrânia, com aumento de importações de petróleo e gás do país aliado e por ter enviado tecnologia que a Rússia usa para fabricar armas, como microchips.

Além disso, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi muito criticado em 2023 por ter dito que tanto Kiev quanto Moscou eram responsáveis pela guerra. China e Brasil apresentaram uma proposta de paz que foi rechaçada pela Ucrânia.

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