O principal comandante dos Estados Unidos, general Ray Odierno, afirmou nesta segunda-feira (17) que pretende enviar soldados norte-americanos para territórios disputados no norte do Iraque, após uma série de ataques na região. A medida seria uma mudança em relação ao estabelecido pelo pacto de segurança, que previa a retirada dos norte-americanos das áreas populosas a partir do dia 30 de junho. Os soldados dos EUA se aliariam ao governo iraquiano e a tropas curdas para garantir a segurança nas vilas ao longo da divisa disputada entre árabes e curdos. Odierno ressaltou que a decisão final sobre o tema não foi tomada.
As tropas dos EUA ficariam na área "temporariamente". O general frisou que isso não impediria o cronograma de retirada de todas as tropas dos EUA do país até o fim de 2011. O governo iraquiano enquanto isso, aprovou um rascunho que abre caminho para um referendo sobre um pacto de segurança que inclui a retirada dos EUA. A votação deve ocorrer junto com eleições parlamentares nacionais, em 16 de janeiro.
O anúncio de Odierno reflete a preocupação norte-americana com o aumento da violência sobretudo no norte do país desde a retirada das tropas dos EUA das áreas urbanas. Desde o dia 7, ataques mataram 160 pessoas aproximadamente em Mossul, no norte, e na capital Bagdá. Altos funcionários apontam a divisão entre a maioria árabe e os minoritários curdos como possível foco de instabilidade para o país. No centro da disputa está a cidade de Kirkuk, rica em petróleo, e várias vilas na província de Nínive, que os curdos querem incorporar em sua área semiautônoma. A maioria árabe e a minoria turcomana se opõem à iniciativa.
STF poderá forçar governo a tomar medidas mais efetivas contra danos das bets
Com argumentos de planos de saúde, associações de autistas fazem lobby negacionista com governo Lula
Novo “AeroLula”? Caso do avião presidencial no México reacende debate
“Precipitada” e “inconsistente”: como economistas reagiram à melhora da nota do Brasil
Deixe sua opinião