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O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, fez advertências caso o Irã e seus aliados tentem “tirar partido da situação ou ampliar o conflito” no Oriente Médio
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, fez advertências caso o Irã e seus aliados tentem “tirar partido da situação ou ampliar o conflito” no Oriente Médio| Foto: EFE/EPA/SHAWN THEW

Os Estados Unidos tomarão “medidas” se o Irã ameaçar seus interesses no Oriente Médio, reforçarão sua capacidade de defesa aérea na região nos próximos dias e têm tropas “adicionais” prontas para serem mobilizadas em caso de “contingências”, segundo informou neste domingo (29) o Pentágono.

Em um comunicado, o secretário da Defesa americano, Lloyd Austin, garantiu hoje que “os EUA estão determinados a impedir que o Irã, seus parceiros e representantes apoiados pelo Irã tirem partido da situação ou ampliem o conflito” que se intensificou nos últimos dias com os bombardeios de Israel no Líbano.

Austin advertiu que, se o Irã ou os seus aliados “aproveitarem este momento para atacar o pessoal ou os interesses americanos na região, os EUA tomarão todas as medidas necessárias” para defendê-los.

A nota indica que o Departamento de Defesa irá “fortalecer ainda mais” suas capacidades de defesa aérea na região “nos próximos dias” e tem tropas “adicionais” preparadas para serem destacadas caso tenha que responder a “diversas contingências”.

Apesar da tensão explícita na sua declaração, o Pentágono sustenta que Austin e os líderes da agência continuam concentrados na “desescalada através da dissuasão e da diplomacia”, bem como na “proteção dos cidadãos e forças americanas” e na “defesa de Israel”.

A declaração é divulgada depois de o Exército israelense ter anunciado hoje que matou mais de 20 membros do grupo terrorista Hezbollah no bombardeio massivo de sexta-feira (27) contra Beirute, no qual morreu seu líder máximo, Hassan Nasrallah, e o comandante da frente sul, Ali Karaki.

Um general da Guarda Revolucionária do Irã, Abbas Nilforushan, também foi morto nesse ataque, uma morte que, segundo alertou hoje o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, “nunca ficará sem resposta”.

Nas últimas duas semanas, Israel lançou uma série de ataques sem precedentes contra os principais redutos do Hezbollah.

EUA anunciam ter matado 37 terroristas em ataques na Síria

O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) anunciou neste domingo que matou 37 terroristas, incluindo líderes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), em dois ataques na Síria nas últimas duas semanas.

No último dia 16 de setembro, as forças dos EUA efetuaram um bombardeio em grande escala contra um campo de treinamento do EI no centro da Síria, onde os extremistas ainda estão presentes, apesar de terem perdido território no país em 2019, de acordo com um relatório do Centcom.

Nessa operação morreram 28 jihadistas, incluindo quatro líderes do grupo extremista, detalhou a nota.

Já na terça-feira passada, os militares americanos lançaram uma ação no noroeste da Síria, na qual foram mortos nove terroristas.

Entre eles está um líder do grupo Hurras al Din, organização afiliada à Al Qaeda na Síria, e que está presente na província de Idlib e a oeste de Aleppo, último bastião da oposição ao governo sírio.

“Esses bombardeios contra a liderança e os operativos do EI e do afiliado da Al Qaeda, Hurras al Din, representam o compromisso do Centcom em derrotar organizações terroristas na área de responsabilidade do Centcom e nosso apoio à estabilidade regional”, disse o general Michael Erik Kurilla, comandante do Comando Central.

Além disso, o general americano ressaltou que “não há indicações de que quaisquer civis tenham ficado feridos nos ataques”.

Tanto o EI como o Hurras al Din estão constantemente na mira dos Estados Unidos, que visa reduzir as capacidades de ambas as organizações na Síria.

Conteúdo editado por:Fábio Galão
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