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Pressão no Caribe

Ex-presidente da Colômbia apoia eventual intervenção dos EUA na Venezuela: “Maduro é um usurpador”

EUA aumentam pressão para derrubar a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela (Foto: EFE/Miguel Gutierrez)

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O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe manifestou apoio a uma eventual intervenção dos Estados Unidos para derrubar o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.

“Nicolás Maduro foi deposto do poder em julho passado, após os resultados das eleições. Ele agora é um usurpador do governo venezuelano. As Forças Armadas da Venezuela estão em falta por não cumprirem a Constituição. Sou a favor de fazer todo o possível para garantir que a Venezuela reconheça a vitória de Edmundo González e María Corina Machado e instale o Dr. Edmundo González como Presidente”, disse o ex-mandatário do país vizinho em entrevista ao jornal colombiano Semana.

Uribe ainda criticou a ONU por não estar mobilizando forças juntamente a Washington para pôr fim ao regime ilegítimo de Caracas.

O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe Vélez apoia derrubada de regime de Maduro na Venezuela. Crédito: EFE/ Carlos Ortega (Foto: EFE/ Carlos Ortega)

“Acredito que a prioridade máxima deveria ser o trabalho inteligente que as Nações Unidas deveriam estar realizando. É preocupante que a ONU não esteja envolvida. A organização deveria ser muito incisiva e exigir uma transferência de poder, um fim à usurpação do poder contra a democracia venezuelana”, insistiu.

Por outro lado, o atual presidente colombiano, Gustavo Petro, condenou as novas declarações de Trump. "Quero saber, sob qual norma do direito internacional um presidente de um país estrangeiro pode fechar o espaço aéreo de outra nação?", questionou o esquerdista em mensagem publicada no X, na qual afirmou estar falando como presidente da Colômbia e presidente pro tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

O governo americano, liderado por Donald Trump, elevou o tom sobre a Venezuela neste sábado (29) ao fazer um anúncio dirigido a companhias aéreas para evitarem a região próxima à Venezuela.

O republicano alertou que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado "completamente fechado".

“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas: por favor, considerem que o espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela permanecerá totalmente fechado. Obrigado pela atenção!”, escreveu na Truth Social.

A mensagem de Trump surge em meio à crescente pressão militar sobre a ditadura chavista. O governo americano enviou um contingente militar significativo para o Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo, como parte de uma estratégia para apertar o cerco sobre Maduro e seus aliados.

Em resposta, o regime chavista divulgou um comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores, considerando tais afirmações de Trump uma "ameaça explícita de uso da força”, que, segundo ele, é “proibida de forma clara e inequívoca” pela Carta das Nações Unidas, e considerou se tratar de uma “tentativa de intimidação”.

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