Em uma declaração por escrito enviada nesta segunda-feira (12) ao Ministério Público da Argentina, por meio do consulado do país em Madri, a ex-primeira-dama Fabiola Yañez disse que o ex-presidente Alberto Fernández (2019-2023) a obrigou a fazer um aborto.
Segundo informações do jornal Clarín, na declaração, parte da investigação na qual Yañez acusa Fernández de violência física e assédio, a ex-primeira-dama disse que engravidou em 2016, logo após os dois começarem a morar juntos em Buenos Aires.
De acordo com o relato, Fernández começou a tratá-la com “desprezo e rejeição”, se disse “em estado de choque” e afirmou que o relacionamento era muito recente para que tivessem filhos. Depois, ele teria sido mais explícito e ordenado diretamente: “Você tem que resolver, tem que abortar”.
Ainda segundo o Clarín, pessoas do entorno de Yañez afirmaram que Fernández a instigou a cometer um crime, porque o aborto só seria legalizado na Argentina em 2020. A advogada da ex-primeira-dama, Mariana Gallego, disse que a situação também caracterizaria “violência reprodutiva”.
Yañez e Fernández se separaram por um tempo após o episódio, mas voltaram a morar juntos depois. Eles tiveram um filho juntos quando o peronista já era presidente da Argentina: Francisco, hoje com dois anos de idade.
Na semana passada, Yañez decidiu registrar uma queixa criminal contra o ex-presidente por violência física e assédio. Fotos publicadas pela imprensa argentina mostraram a ex-primeira-dama com marcas de agressão.
A Justiça argentina impediu a saída de Fernández do país e de se aproximar de Yañez, que mora em Madri. O peronista alega inocência.
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