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Participantes das conversações de paz na Ucrânia chegaram a um acordo na madrugada deste sábado (20) para criar uma zona para separar as tropas ucranianas dos militantes pró-russos.
Também estão previstas no documento a retirada de combatentes estrangeiros e de todas as armas pesadas da zona de conflito no leste da Ucrânia.
O tratado foi assinado em Minsk, capital de Belarus, por representantes da Ucrânia, da Rússia, de rebeldes que recebem apoio de Moscou e da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
A "zona tampão" a ser criada terá 30 quilômetros de largura e é, segundo integrantes dos grupos de negociação, um passo em direção à implementação do cessar-fogo, assinado em 5 de setembro mas frequentemente interrompido por confrontos.
O acordo sobre a retirada dos "combatentes estrangeiros" é uma clara referência diplomática aos russos que lutam ao lado dos rebeldes.
A Ucrânia e o Ocidente têm acusado a Rússia de alimentar com armas e soldados a insurgência nas províncias de Donetsk e Lugansk, onde a maioria da população fala russo.
Moscou tem refutado as acusações, dizendo que os russos que aderiram ao movimento o fazem como cidadãos independentes.
Questionado sobre o acordo para a retirada de combatentes estrangeiros, o embaixador russo para a Ucrânia, Mikhail Zurabov, representante de Moscou nas negociações, disse que "aqueles a quem chamamos de mercenários estão presentes em ambos os lados do conflito".
Heidi Tagliavini, enviado da OSCE para as negociações, disse que monitores da organização serão enviados à zona tampão para monitorar a retirada dos estrangeiros. Os negociadores não trataram do futuro estatuto das regiões rebeldes.
Nesta semana, o Parlamento ucraniano aprovou uma lei dando uma ampla autonomia para as áreas controladas pelos rebeldes, incluindo o poder de realizar eleições locais.