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Conflito

Exército e separatistas criam zona de exclusão no leste da Ucrânia

O líder separatista de Donetsk Alexander Zakharchenko (esq.), o líder separatista da auto-proclamada República Popular de Lugansk Igor Plotnitsky (segundo a esq.), o embaixador russo para a Ucrânia Mikhail Zurabov (centro), o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma (segundo a dir.) e a representante da OSCE Heidi Tagliavini (dir.), integrantes do grupo de negociação, durante coletiva de imprensa em Minsk | EFE/EPA/STRINGER
O líder separatista de Donetsk Alexander Zakharchenko (esq.), o líder separatista da auto-proclamada República Popular de Lugansk Igor Plotnitsky (segundo a esq.), o embaixador russo para a Ucrânia Mikhail Zurabov (centro), o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma (segundo a dir.) e a representante da OSCE Heidi Tagliavini (dir.), integrantes do grupo de negociação, durante coletiva de imprensa em Minsk (Foto: EFE/EPA/STRINGER)

Participantes das conversações de paz na Ucrânia chegaram a um acordo na madrugada deste sábado (20) para criar uma zona para separar as tropas ucranianas dos militantes pró-russos.

Também estão previstas no documento a retirada de combatentes estrangeiros e de todas as armas pesadas da zona de conflito no leste da Ucrânia.

O tratado foi assinado em Minsk, capital de Belarus, por representantes da Ucrânia, da Rússia, de rebeldes que recebem apoio de Moscou e da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

A "zona tampão" a ser criada terá 30 quilômetros de largura e é, segundo integrantes dos grupos de negociação, um passo em direção à implementação do cessar-fogo, assinado em 5 de setembro mas frequentemente interrompido por confrontos.

O acordo sobre a retirada dos "combatentes estrangeiros" é uma clara referência diplomática aos russos que lutam ao lado dos rebeldes.

A Ucrânia e o Ocidente têm acusado a Rússia de alimentar com armas e soldados a insurgência nas províncias de Donetsk e Lugansk, onde a maioria da população fala russo.

Moscou tem refutado as acusações, dizendo que os russos que aderiram ao movimento o fazem como cidadãos independentes.

Questionado sobre o acordo para a retirada de combatentes estrangeiros, o embaixador russo para a Ucrânia, Mikhail Zurabov, representante de Moscou nas negociações, disse que "aqueles a quem chamamos de mercenários estão presentes em ambos os lados do conflito".

Heidi Tagliavini, enviado da OSCE para as negociações, disse que monitores da organização serão enviados à zona tampão para monitorar a retirada dos estrangeiros. Os negociadores não trataram do futuro estatuto das regiões rebeldes.

Nesta semana, o Parlamento ucraniano aprovou uma lei dando uma ampla autonomia para as áreas controladas pelos rebeldes, incluindo o poder de realizar eleições locais.

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