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Um homem diante de uma ordem de fechamento dos militares israelenses pendurada na entrada principal do escritório da Al Jazeera na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
Um homem diante de uma ordem de fechamento dos militares israelenses pendurada na entrada principal do escritório da Al Jazeera na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.| Foto: EFE/EPA/ALAA BADARNEH

A emissora de tv Al Jazeera informou neste domingo (22) que militares israelenses fortemente armados apreenderam e destruíram equipamentos em seus escritórios em Ramallah, na Cisjordânia, enquanto cumpriam uma ordem para fechar o local. As informações são do editor-chefe da emissora do Catar, que também atua na Palestina, Walid al-Omari.

"Os militares estão confiscando o equipamento, apesar de a ordem se referir apenas ao fechamento do escritório", informou a Al Jazeera.

Essa incursão militar israelense ocorre quatro dias depois que o Escritório de Imprensa do Governo israelense revogou as credenciais de imprensa dos jornalistas da Al Jazeera no país.

A medida segue uma decisão tomada em maio de proibir o canal em Israel, alegando que a cobertura da emissora representa uma ameaça à segurança nacional.

Em comunicado oficial, a rede de notícias condenou o ataque das forças israelenses ao seu escritório e prometeu "continuar a cobertura de maneira profissional e objetiva", apesar das medidas israelenses, as quais considerou "tentativas de silenciar" o canal de notícias e impedi-lo de “informar a verdade.”

Governo de Israel proibiu a Al Jazeera no país

Ainda no mês de maio, o governo de Israel proibiu a transmissão da emissora catari Al Jazeera no país. A decisão foi tomada um mês após o Parlamento israelense (Knesset) ter aprovado uma lei que proíbe temporariamente qualquer mídia estrangeira que “prejudique a segurança do Estado”.

O governo do premiê Benjamin Netanyahu argumenta que a Al Jazeera apoia o Hamas, contra quem os israelenses travam uma guerra na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 em resposta aos ataques do grupo terrorista no território de Israel.

Em junho, o governo de Israel afirmou que alguns reféns libertados do cativeiro em Gaza estavam na casa de um jornalista que chegou a escrever para a Al Jazeera e outros veículos de comunicação árabes, chamado Abdallah Aljamal.

Ajiamal escreveu uma coluna para a Al Jazeera, em 2019, gerando questionamentos se ele ainda era um correspondente em Gaza do meio de comunicação estatal do Catar. Na época, o veículo confirmou que o jornalista já colaborou com o portal, mas negou que houvesse uma associação atual com o terrorista.

Segundo a imprensa israelense, Aljamal também foi porta-voz do Ministério do Trabalho do Hamas, que controla a Faixa de Gaza e foi responsável pelo massacre e sequestro de civis do lado israelense em 7 de outubro.

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