A polícia militar e soldados cercaram nesta segunda-feira algumas dezenas de manifestantes que continuavam na Praça Tahir, palco dos protestos antigovernamentais nas últimas semanas, e ordenaram que deixem o local, do contrário poderão ser presos.
O tráfego de veículos fluía com poucos obstáculos na área, onde nas últimas semanas se concentraram milhares de manifestantes que derrubaram na sexta-feira o presidente Hosni Mubarak.
"Temos meia hora para partir. Fomos isolados pela polícia militar. Não sabemos o que fazer, Estamos discutindo agora o que fazer", disse Yahya Saqr à Reuters, acrescentando que um oficial militar lhes disse que eles "têm uma hora para esvaziar a praça, ou então serão presos".
Os policiais militares cercaram os manifestantes, agora apenas cerca de 40. Ativistas disseram que dois deles haviam sido presos.
A maioria das faixas anti-Mubarak foram removidas da praça, mas fotos de jovens egípcios mortos durante os protestos e chamados de "mártires da revolução" continuam penduradas nos postos de iluminação pública.
No domingo, o governo militar do Egito dissolveu o Parlamento, suspendeu a Constituição e afirmou que pretende governar por apenas seis meses ou até que as eleições aconteçam.
Numa declaração, o Conselho Supremo Militar, que assumiu o poder depois que 18 dias de protestos puseram fim aos 30 anos de governo de Mubarak, prometeu fazer um referendo sobre emendas constitucionais.
A resposta inicial dos integrantes da oposição e líderes do protesto foi extremamente positiva.
Veja algumas imagens que marcaram os 18 dias de protestos no país: