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A família Bibas confirmou neste sábado que o novo corpo entregue pelo grupo islâmico terrista Hamas foi identificado como sendo da refém israelense Shiri Bibas.
"Ontem à noite, nossa Shiri voltou para casa. Após o processo de identificação no Instituto de Medicina Legal, recebemos esta manhã a notícia que temíamos: nossa Shiri foi assassinada em cativeiro e agora retornou para casa com seus filhos, seu marido, sua irmã e toda a sua família para descansar", disse a família de Shiri Bibas em um comunicado.
Nas primeiras horas da madrugada, o instituto forense Abu Kabir de Tel Aviv confirmou que o segundo corpo recebido era de fato o de Shiri Bibas, depois que o exame de DNA do primeiro corpo entregue na quinta-feira — junto com os de seus dois filhos e de outro morador do kibutz Nir Oz — não correspondeu ao da jovem mãe.
O Hamas alegou que a confusão sobre os restos mortais poderia ter sido causada pelo fato de terem sido misturados aos de outra vítima do mesmo ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza, no qual, segundo o grupo islâmico, a mãe de 32 anos foi morta.
"Shiri era uma mãe maravilhosa para Ariel e Kfir, uma companheira amorosa para Yarden, uma irmã e tia dedicada e uma amiga incrível", acrescentou a família, exigindo "o retorno imediato dos reféns que ainda estão em cativeiro".
"Não há objetivo mais importante. Não pode haver cura sem eles", completou.
Novos reféns libertados
O grupo terrorista Hamas entregou, neste sábado (22), à Cruz Vermelha, três jovens israelenses que foram capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, elevando o total de reféns libertados hoje para cinco dos seis inicialmente previstos. A entrega foi realizada durante uma cerimônia no centro da Faixa de Gaza.
Trata-se de Omer Shem Tov, de 22 anos; Omer Wenkert, 23, e Eliya Cohen, 27, todos sequestrados no festival de música "Nova" e que apareceram hoje vestidos de cáqui e aparentemente em bom estado de saúde durante a entrega, que foi transmitida ao vivo por vários meios de comunicação.
O Hamas os libertou em uma cerimônia no campo de refugiados de Nuseirat, na presença de dezenas de milicianos palestinos armados e mascarados, que os fizeram subir em um palco de onde saudaram o público enquanto seguravam documentos entregues a eles pelo grupo islâmico.
Pouco depois de entrarem nos veículos da Cruz Vermelha, o Exército israelense anunciou que estavam a caminho do ponto de entrega às suas tropas dentro de Gaza e explicou que também já tinha tudo preparado para receber o sexto refém, Hisham al Sayed, um beduíno mantido em cativeiro por uma década em Gaza.
Em 2022, o Hamas divulgou um vídeo de Al Sayed - diagnosticado com esquizofrenia - com saúde muito debilitada, acamado e usando máscara de oxigênio.