Alexander Stubb, ex-premiê da Finlândia, foi eleito presidente do país neste domingo (11) após uma disputa acirrada em segundo turno. O político é do Partido da Coalizão Nacional, considerado de centro-direita. Stubb ganhou com 51,6% dos votos, derrotando o Partido Verde, de centro-esquerda, que conseguiu 48,4%.
No país escandinavo, o presidente lidera a política de relações exteriores e as forças armadas. Stubb chega ao cargo em um momento delicado de tensões causadas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. A Finlândia é de especial importância por estar na fronteira da União Europeia, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com o país comandado com mão de ferro por Vladimir Putin.
Foi justamente a guerra que tirou o político de um descanso de sete anos, motivando-o a retornar ao pleito. Após a vitória, ele disse que "devemos lembrar que uma das principais atribuições do presidente é assegurar que a Finlândia promova a paz, é o que eu farei enquanto presidente".
Stubb substitui no cargo Sauli Niinistö, do mesmo partido, que está encerrando seu segundo mandato de seis anos, o máximo permitido nas leis locais. O presidente de partida foi uma das principais personalidades por trás da decisão da Finlândia de se tornar membro da OTAN em abril do ano passado.
Stubb cresceu na parte ocidental da capital Helsinki. Em casa, ele ouviu tanto a língua finlandesa, do pai, quanto a língua sueca, da mãe — o sueco é falado por uma minoria importante de finlandeses.
Após ocupar cadeiras no Parlamento Europeu (seu primeiro cargo eletivo, há 20 anos) e ser nomeado ministro das Relações Exteriores, ele foi primeiro ministro e ministro das Finanças. Em 2017, prometeu que estava fora da política para sempre.
Conhecido antes por uma personalidade mais abrasiva que o normal para finlandeses, e por ter pedido desculpas por ter emitido um palavrão em uma reunião oficial, dessa vez Stubb impressionou o eleitorado por seu amadurecimento e cordialidade com os rivais.
Ele também se mostrou mais enérgico em questões bélicas, disposto a ter armas nucleares em território finlandês, caso necessário. Analistas locais acreditam que o Kremlin deve lançar provocações ao novo presidente, por sua posição linha-dura contra a Rússia.
O mandato começa em 1º de março. "É a maior honra da minha vida", comemorou Stubb.
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