O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira (13) a aprovação da revisão técnica da Argentina, destacando que o governo de Javier Milei superou as metas estabelecidas, com resultados “melhores do que o esperado”.
Com isso, a Argentina superou a oitava revisão do programa de ajuda de US$ 44 bilhões aprovado em 2018, ainda no governo de Mauricio Macri (2015-2019). A partir de agora o país aguarda um novo desembolso desse pacote de ajuda no valor de aproximadamente US$ 800 milhões, que será decidido pelo Conselho Executivo do FMI nas próximas semanas.
Segundo o relatório técnico do FMI, a Argentina alcançou um superávit fiscal trimestral pela primeira vez em 16 anos, registrou uma rápida queda da inflação, inverteu a tendência das reservas internacionais e obteve uma forte redução do risco soberano. Além disso, o governo argentino realizou esforços significativos para ampliar a assistência social a mães e crianças vulneráveis e para proteger o poder aquisitivo das pensões.
No entanto, o FMI ressaltou a necessidade de melhorar “a qualidade e a equidade da consolidação fiscal”. A vice-diretora do organismo, Gita Gopinath, que visitou Buenos Aires, elogiou os avanços do governo de Milei, mas também enfatizou a importância de “planos para aprofundar o progresso” do programa e proteger os mais vulneráveis.
O comunicado do FMI mencionou “entendimentos chave” para fortalecer as conquistas alcançadas, incluindo a política fiscal, com o objetivo de atingir o equilíbrio fiscal global sem financiamento neto do banco central, e a política monetária e cambial, com prioridade na desinflação e fortalecimento das reservas internacionais.
As reformas estruturais e macroeconômicas em andamento propostas pelo governo Milei são vistas pelo FMI como fundamentais para sustentar a recuperação econômica e superar obstáculos à produtividade, ao investimento privado e ao emprego formal.
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