A tentativa de grupos abortistas de incluir a permissão do aborto na Constituição da Flórida falhou na eleição desta terça-feira (5), quando a chamada Emenda 4, que tratava sobre o tema, não atingiu em plebiscito os 60% de votos exigidos para sua aprovação. Com o resultado, continuará em vigor no estado a proibição do aborto após seis semanas de gestação, assinada no começo deste ano.
Conforme levantamento da agência Associated Press (AP), a emenda recebeu aproximadamente 57% dos votos durante esta apuração, um percentual de apoio insuficiente para passar no estado, que possui uma das barreiras mais elevadas para mudanças constitucionais.
Se tivesse sido aprovada, a Emenda 4 teria permitido o aborto até a 24º semana de gravidez, e evitaria futuras proibições que podem ser aprovadas na Flórida. Segundo informações da mídia local, a proposta de incluir o aborto na Constituição da Flórida tinha sido defendida por uma coalizão de grupos abortistas, que arrecadaram mais de US$ 108 milhões para promover a campanha que colocou o plebiscito nas urnas.
A rejeição da proposta representa uma vitória para o governador Ron DeSantis, do Partido Republicano, que se opôs publicamente à emenda e direcionou esforços do governo estadual para impedir sua aprovação.
"Hoje, a Flórida estabeleceu um exemplo mais uma vez para o resto do país", disse Taryn Fenske, porta-voz do governo DeSantis e da campanha Vote No on 4 (vote contra a Emenda 4), em um comunicado. "A estratégia da Flórida da Flórida provou que é possível derrotar os abortistas apoiados por [George] Soros, com dinheiro obscuro e de fora do estado, com uma liderança forte e vocal, disposta a defender publicamente o que é certo, apesar das críticas", assegurou.
Segundo a AP, a Flórida se tornou o primeiro estado americano a rejeitar formalmente a inclusão do aborto na Constituição estadual desde que a Suprema Corte dos EUA reverteu o caso Roe v. Wade em 2022, derrubando a jurisdição nacional e devolvendo o poder de decisão sobre o tema aos estados.
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