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Militares da França abriram fogo nesta quinta-feira (4) contra cinco drones que foram detectados sobrevoando irregularmente a base naval de Île Longue, instalação estratégica que abriga os submarinos capazes de lançar mísseis balísticos com ogivas nucleares do país.
Segundo informações confirmadas pelo Ministério das Forças Armadas e pela polícia local, o batalhão de fuzileiros navais responsável pela segurança ativou imediatamente o protocolo antidrone após identificar os aparelhos por volta das 19h30, no horário local.
De acordo com a agência France-Presse (AFP), a ministra da Defesa, Catherine Vautrin, afirmou que o sobrevoo foi “interceptado” pelas tropas, embora não tenha detalhado os métodos empregados. A polícia local disse que os militares utilizaram um equipamento de interferência e não armas de fogo convencionais, e que não há confirmação de que algum dos drones tenha sido abatido. As autoridades também realizaram buscas na área, mas não identificaram os operadores dos equipamentos.
A base de Île Longue, localizada próxima ao porto de Brest, é o principal centro operacional dos quatro submarinos nucleares franceses - Le Triomphant, Le Téméraire, Le Vigilant e Le Terrible - que compõem o núcleo da dissuasão estratégica do país. Conforme a imprensa francesa, mais de 120 militares atuam permanentemente na proteção da instalação, que normalmente mantém ao menos um submarino em patrulha contínua.
O procurador militar de Rennes, Frédéric Teillet, declarou à AFP que, até o momento, “nenhum vínculo com interferência estrangeira foi estabelecido”. Ele confirmou que uma investigação formal será aberta para identificar a origem dos drones e apurar se houve violação de segurança nacional. Segundo Teillet, testemunhas serão ouvidas para determinar o tipo, número e rotas dos aparelhos, já que existe a possibilidade de que um único drone tenha sido avistado diversas vezes.
A incursão aérea ocorre em meio a um aumento recente de sobrevoos suspeitos em instalações sensíveis de países europeus.
