Representantes do governo de Javier Milei, que participam das negociações do G20, não concordaram com a taxação dos super-ricos. A questão é defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas enfrentará resistência da Argentina. O posicionamento do país vizinho preocupa integrantes do governo brasileiro, que veem risco da proposta ser derrubada.
O jornal Folha de S. Paulo divulgou que “a delegação da Argentina afirmou que havia recebido instruções expressas para se opor à menção no documento final à taxação dos super-ricos” durante as negociações.
A tributação de super-ricos, com renda acima de R$ 1 milhão, vendo sendo discutida pela equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como alternativa para compensar isenção do imposto de renda de contribuintes que recebem até R$ 5 mil.
Em um relatório do Banco Mundial publicado em outubro, a taxação não resolve questões fiscais de desigualdade social na América Latina.
“Os impostos sobre a riqueza ganharam destaque na agenda global, especialmente durante a presidência do Brasil no G20, onde esses tributos são vistos como uma ferramenta para reduzir a desigualdade, levantar recursos para combater o aquecimento global e melhorar a governança global”, indica o relatório.
Cúpula do G20
Representantes das principais economias desenvolvidas e emergentes do mundo estão reunidos no Rio de Janeiro para a elaboração da declaração final que deve ser submetida à aprovação dos líderes. A cúpula do G20 acontece nos dias 18 e 19 de novembro, também na capital fluminense.
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