O principal candidato oposicionista na última eleição presidencial na Venezuela, Edmundo González, participou neste sábado (28) de um ato em Madri que marcou dois meses do pleito, manifestação que pediu a proclamação dele como mandatário venezuelano.
Segundo informações do jornal El Nacional, milhares de pessoas reuniram-se na Plaza de la Puerta del Sol, onde González foi anunciado como “presidente eleito da Venezuela” e saudado pelos manifestantes.
O oposicionista exibiu uma bandeira da Venezuela, mas não discursou. Na saída, tirou fotos com a presidente da região de Madri, Isabel Díaz Ayuso, e com o presidente do conservador Partido Popular (PP) espanhol, Alberto Nuñez Feijóo.
Antonio Ledezma, ex-prefeito de Caracas, disse que González não discursou devido a “uma grave falta de voz”.
Ledezma leu uma mensagem do oposicionista, que destacou que na eleição de 28 de julho a população da Venezuela “emitiu uma ordem soberana, clara e inapelável a favor da mudança”.
“A defesa dessa ordem exige que continuemos unidos e ativos nesta luta até o fim”, afirmou Ledezma.
No X, segundo informações do site Efecto Cocuyo, González compartilhou vídeos da manifestação em Madri e uma mensagem, quase idêntica à que foi lida por Ledezma.
Manifestações foram realizadas em várias cidades da Venezuela e de outros países para protestar contra a fraude chavista: o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), aparelhado pelo regime de Nicolás Maduro, afirmou que a eleição de julho foi vencida pelo ditador, mas não divulgou resultados detalhados.
A oposição sustenta que González venceu o pleito e divulgou num site cópias das atas de votação para comprovar. Estados Unidos, Argentina e outros países consideram o oposicionista o verdadeiro vencedor da eleição.
González está desde o início de setembro na Espanha, onde pediu asilo político após ter sua prisão decretada pela Justiça chavista.
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