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Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, enquanto discursava durante o evento anual para desenvolvedores, Google I/O 2023.
Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, enquanto discursava durante o evento anual para desenvolvedores, Google I/O 2023.| Foto: EFE/Google

O Google abriu nesta quarta-feira (10) para 180 países a sua ferramenta gratuita de inteligência artificial, Bard, concorrente do ChatGPT. A ferramenta pode ser usada em inglês, japonês e coreano até o momento.

Lançado há quase dois meses, o Bard até agora só podia ser acessado por convite ou lista de espera. O Brasil não faz parte dos países que receberam o acesso nesta primeira fase.

Na sua apresentação no evento anual para desenvolvedores, o Google I/O 2023, Sundar Pichai, diretor executivo da Alphabet, disse que quer fazer da inteligência artificial uma ferramenta útil para todos.

Dessa forma, o Google continua a competir com a Microsoft, que na semana passada abriu a todos a sua ferramenta de inteligência artificial gratuita, o Bing, que é capaz de gerar texto e imagens.

Sissie Hsiao, vice-presidente do Google e diretora-geral do Google Assistant e do Bard, disse que "muito em breve" o Bard estará disponível nas "40 principais línguas" do mundo.

Outra novidade é que os usuários poderão exportar as respostas fornecidas pelo Bard para Gmail e Google Docs.

"As pessoas pedem frequentemente ao Bard para ajudá-las a escrever e-mails e documentos", comentou Hsiao.

Uma das novidades mais aplaudidas pelo público presente foi o fato de o chatbot passar a poder ser utilizado em um fundo preto, e não apenas branco, como acontecia até então.

Multimídia

Tal como a Microsoft anunciou na semana passada, o chatbot do Google irá "em breve" fornecer respostas multimodais, ou seja, não responderá apenas com texto, mas também com imagens.

Esta nova funcionalidade será feita de duas formas: por um lado, vai incorporar imagens nas respostas, mas por outro lado, os próprios usuários poderão fazer perguntas ao Bard com fotografias.

Um exemplo deste último caso é que um usuário poderá carregar uma fotografia - com o reconhecimento de imagem do Google Lens - de uma gaveta cheia de materiais de arte e pedir ao chatbot que prepare uma lista de atividades que podem ser praticadas com as crianças utilizando os materiais à sua frente.

"Nos próximos meses, vamos integrar o Adobe Firefly - que permite gerar imagens utilizando texto - no Bard. Assim, as pessoas poderão gerar novas imagens", comentou.

Na semana passada, a Microsoft integrou a tecnologia DALL-E 2, da Open AI (criadora do ChatGPT e do DALL-E), para permitir que os usuários criem imagens utilizando texto.

Transparência e fontes

A partir da semana que vem, haverá mais transparência sobre a fonte das informações na resposta do Bard, prometeu a empresa.

"A partir da próxima semana, tornaremos as seções de código ainda mais precisas, mostrando os blocos de código específicos que são fonte, juntamente com qualquer informação de licenciamento relevante. E isto também se aplicará à citação de conteúdos narrativos na web", anunciou.

Além disso, as extensões do Bard se aplicarão a muitas das aplicações e serviços que as pessoas já utilizam no Google, como o Maps, as planilhas, o Gmail, os documentos e muito mais. No entanto, a empresa não deu uma data para este último passo.

Novidades

Outro grande anúncio do dia na sede do Google foi o lançamento do PaLM 2, o novo modelo de linguagem (LLM) da empresa, que também está por trás do Bard.

De acordo com Pichai, esta é uma atualização que permitirá muitas melhorias, como capacidades melhoradas de matemática, lógica e raciocínio e programação.

O PaLM 2 inclui mais de 100 línguas e foi treinado em 20 linguagens de programação.

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