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O governo de Israel aprovou oficialmente nesta sexta-feira (17) os termos do acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas, que está previsto para entrar em vigor neste domingo (19). Segundo informações, o acordo viabiliza a libertação gradual de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Ele foi mediado pelo Catar, Egito e os Estados Unidos.
A aprovação do acordo ocorre após o aval do gabinete de segurança do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e uma votação no gabinete com 24 ministros favoráveis e oito contrários.
O objetivo principal do acordo é promover o retorno de todos os reféns que estão sob o controle dos terroristas do Hamas. Entre os nomes incluídos na primeira etapa da libertação está o do bebê Kfir Bibas, que será solto junto com sua família após 469 dias em cativeiro. Ainda não se sabe se eles estão todos vivos. Kfir, prestes a completar dois anos, foi sequestrado durante o ataque terrorista em 7 de outubro de 2023 na comunidade de Nir Oz. Ao todo, 33 reféns serão libertados nesta primeira fase do acordo, programada para durar 42 dias.
O acordo será implementado em fases, e, inicialmente, prevê que três reféns sejam liberados já neste domingo, seguidos por grupos adicionais nos dias subsequentes. Por outro lado, Israel libertará 95 prisioneiros palestinos, em sua maioria mulheres e adolescentes.
O cessar-fogo inclui a suspensão temporária de operações militares israelenses na Faixa de Gaza, permitindo o deslocamento de moradores do sul para o norte da região. Durante a liberação dos reféns, o espaço aéreo sobre Gaza será fechado por 12 horas. Além disso, soldados israelenses continuarão monitorando áreas estratégicas como o Corredor Filadélfia por até 42 dias antes de iniciarem um recuo gradual. O governo de Israel tem garantias dos Estados Unidos que permitem a retomada das operações em Gaza caso o Hamas descumpra o acordo.
O Ministério da Justiça de Israel já publicou a lista com os nomes e os crimes dos 95 palestidos detidos que serão libertados. Aqueles que são contra o acordo poderão entrar, durante as próximas 24h, com um recurso no Tribunal Superior de Justiça de Israel para questioná-lo.
