O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) da Argentina divulgou nesta quinta-feira (26) os índices de pobreza e indigência (pobreza extrema) no país no primeiro semestre de 2024, um resultado ao qual o governo de Javier Milei já havia se antecipado e atribuído ao peronismo.
Dados da Pesquisa Permanente de Domicílios do Indec apontaram que 52,9% da população da Argentina estava em situação de pobreza ao final de junho e 18,1% na indigência. O patamar de pobreza é o mais alto na Argentina desde 2004.
Ao final do segundo semestre de 2023, quando Milei substituiu na presidência o peronista Alberto Fernández (o libertário tomou posse em 10 de dezembro), a pobreza estava em 41,7% e a indigência em 11,9%.
Desde então, a gestão do presidente libertário vem promovendo um rigoroso ajuste fiscal e alertando que alguns indicadores piorariam antes que houvesse melhora.
Pela manhã, na sua coletiva de imprensa diária na Casa Rosada, o porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, já havia adiantado que os números – divulgados à tarde – seriam ruins.
“É um número que refletirá mais uma vez a dura realidade que a Argentina atravessa e é consequência do populismo”, disse, segundo informações do jornal Clarín.
“O governo herdou uma situação desastrosa, a pior herança que um governo recebeu na era democrática [argentina], talvez uma das piores que um governo recebeu na história”, afirmou o porta-voz.
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