Uma força-tarefa do governo Obama selecionou até agora 75 dos 223 detentos restantes na base de Guantánamo para serem soltos, como parte do seu esforço para desativar a polêmica prisão, disse um porta-voz militar nesta segunda-feira (28).
A equipe que faz essa revisão examina cada caso a fim de decidir quem será levado a julgamento, quem será devolvido a seu país de origem e quem será transferido a um terceiro país.
O presidente Barack Obama deu prazo até 22 de janeiro para que a prisão de Guantánamo seja desativada, mas o secretário de Defesa, Robert Gates, disse em entrevista transmitida no domingo pelo canal ABC News que "será duro" cumprir essa determinação.
Enquanto a equipe jurídica do governo analisa os casos, militares de Guantánamo divulgam uma lista atualizada para que os prisioneiros saibam quantos de cada país já foram considerados aptos a serem libertados.
"Há muita informação por aí, e você recebe muitas coisas de muitos ângulos diferentes. Ajuda colocar isso num contexto mais sucinto para eles", disse Brook De Walt, porta-voz da prisão militar.
Os prisioneiros estão cientes da ordem de Obama para que o local seja desativado, e recebem informações fragmentadas de advogados e parentes em telefonemas promovidos pela Cruz Vermelha Internacional, segundo De Walt, que é oficial da Marinha.
A lista é divulgada em árabe, pashto e inglês. A versão mais recente tem 78 presos, sendo dois uzquebes enviados à Irlanda e um iemenita devolvido no sábado ao seu país, num sinal de que está havendo progressos na redução da população carcerária que não seja considerada uma ameaça.
"Não estamos focados em se o prazo será ou não cumprido em um dia em particular", disse Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca. "Estamos focados em fazer... o máximo de progresso possível."
A lista inclui também os 30 presos que a Justiça dos EUA já determinou que sejam soltos, mas que ainda aguardam transferência. Entre eles há 13 chineses da etnia islâmica uigur. Palau, uma nação insular do Pacífico, aceitou receber a maioria deles.
Também na lista estão 26 outros presos do Iêmen, 9 da Tunísia, 7 da Argélia, 4 da Síria, 3 da Líbia, 3 da Arábia Saudita, 2 do Uzbequistão, 2 do Egito, 2 da Cisjordânia, 2 do Kuweit, 1 do Azerbaijão e 1 do Tadjiquistão.
A maioria dos presos foi capturada no Afeganistão e no Paquistão depois da invasão militar norte-americana no Afeganistão, em 2001, destinada a derrubar o regime do Taliban, como reação aos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
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