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A ativista sueca Greta Thunberg, de 22 anos, parece ter escanteado a causa palestina em sua agenda e retornado ao ativismo climático, que deixou de lado nos últimos dois anos para se envolver com a guerra no Oriente Médio.
A ativista e outros 35 manifestantes do grupo Extinction Rebellion foram expulsos e multados por colorir o Canal de Veneza, na Itália, com um corante verde brilhante. Segundo os detidos, a substância não era tóxica e não gerava ameaças ambientais.
No entanto, o caso gerou indignação das autoridades, que proibiram a entrada dos envolvidos por 48 horas e aplicaram uma multa de US$ 172, segundo o jornal Telegraph.
O grupo também argumentou que a ação foi planejada para "chamar a atenção para os efeitos massivos do colapso climático" e afirmou que Veneza está entre as cidades mais vulneráveis da Europa devido à elevação do nível do mar e às inundações cada vez mais frequentes.
A ação ocorreu no fim da Conferência Climática da ONU no Brasil, a COP 30, onde os países não conseguiram chegar a um acordo sobre a eliminação gradual dos combustíveis fósseis. O grupo Extinction Rebellion organizou esse tipo de ação em outras dez cidades italianas.
Além de tingir as águas do canal, os ativistas carregavam faixas com os dizeres "Parem o Ecocídio", que foram penduradas na icônica Ponte Rialto, em Veneza, enquanto um grupo silencioso de manifestantes vestidos com véus vermelhos se movia em meio à densa multidão de turistas.
O governador da província do Vêneto, Luca Zaia, disse que o ativismo de Greta Thunberg e do Extinction Rebellion foi "um gesto que corre o risco de gerar consequências para o meio ambiente".
"Fico ainda mais surpreso ao ver Greta Thunberg entre os autores deste protesto inútil, que claramente visam - mais do que conscientizar sobre o meio ambiente - dar visibilidade a si mesmos", acrescentou.




