O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi alvo de críticas sem precedentes da Guarda Revolucionária, unidade de elite que sempre foi considerada sua forte aliada.
Um artigo em termos duros, publicado na revista mensal da Guarda, expressa duras criticas de outras partes do governo iraniano e mostra que as tentativas de aplacar os desentendimentos no governo ainda não obtiveram resultados.
Ahmadinejad e seus assessores mais próximos enfrentam objeções de deputados, do Judiciário e de alguns clérigos poderosos por dizer que o Parlamento não está mais no centro dos acontecimentos do país e por promover uma escola de pensamento "iraniana" em vez de "islâmica".
Num artigo intitulado: "O Parlamento está hoje no centro dos acontecimentos ou não?", a revista Payam-e Enghelab (Mensagem da Revolução), perguntou: "Estar no topo justifica qualquer ação que o governo pense que seja correta, desconsiderando a lei?"
Reeleito em junho de 2009, Ahmadinejad enfrentou grandes manifestações de protesto de movimentos oposicionistas que diziam que a eleição tinha sido fraudada, o que ele nega.
Divisões entre os linha-duras do regime se tornaram mais evidentes nos meses seguintes aos protestos, que algumas vezes foram violentamente reprimidos.
A Guarda Revolucionária iraniana tem Marinha, Força Aérea e estrutura de comando separada das Forças Armadas regulares e, junto com sua milícia, a Basij, teve papel fundamental na supressão das manifestações pós-eleitorais, que foram as maiores desde a Revolução Islâmica, em 1979.
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