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O herdeiro do bilionário George Soros, que comanda a Open Society Foundations - conhecida por investir em pautas progressistas como liberação das drogas e discriminação do aborto - Alex Soros, de 39 anos, afirmou em uma entrevista ao Financial Times que lutará contra as políticas do novo governo de Donald Trump, que teve início no último dia 20.
Alex, que assumiu os negócios do pai recentemente, classificou a nova administração da Casa Branca como uma equipe de “valentões" que precisa ser contida. Ele afirmou ao jornal britânico que pretende "lutar" contra o presidente.
Nesse trecho da entrevista, Soros disse: "Espero que [Karl] Marx estivesse certo de que primeiro vem a tragédia e depois vem a farsa".
O herdeiro do império de George Soros afirmou ainda que, primeiramente, é necessário saber “com o que estamos lidando”, ele disse sobre Trump, acrescentando que, ao tratar pessoas como ele, "você revida”.
A repórter do Times questionou Alex Soros se ele tinha ambições em concorrer a cargos políticos. "Se eu concorreria a um cargo? Eu não descartaria nada, mas é difícil para mim ver como não estou em uma posição mais impactante agora. Eu me importo com política externa e há muitas coisas que posso fazer em meu papel [atual]”, respondeu.
Soros ainda opinou que não considera Trump apto a arquitetar um plano para fim da guerra da Rússia na Ucrânia. “[Vladimir] Putin não quer ser o capacho de Trump. Nós pensamos na Rússia como corrupta, e ela é, mas para [Putin] há valor na conquista”, disse.
Desde a campanha presidencial, o filho de Soros expressou claramente seu apoio aos democratas, representados nas urnas por Kamala Harris. Alex Soros apoiou calorosamente Harris, quase imediatamente após o então presidente Joe Biden anunciar que desistiria da eleição.
De acordo com os dados levantados pelo Financial Times, a família Soros injetou mais de US$ 85 milhões na campanha da Harris durante o ciclo eleitoral de 2024. Como recompensa pelo "esforço", Biden parece ter "agradecido" o investimento ao conceder a Medalha Presidencial da Liberdade ao bilionário progressista George Soros.