O filho e principal herdeiro do bilionário progressista George Soros, Alexander, está profundamente envolvido nesta campanha eleitoral para a presidência dos EUA, marcada para ocorrer nesta terça-feira (5), e que irá colocar em lados opostos a vice-presidente Kamala Harris, candidata do Partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano.
De acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal, desde o início desta corrida eleitoral, Alex, como é conhecido, tem se destacado como um dos maiores doadores do setor progressista americano, com contribuições que já ultrapassam os US$ 60 milhões, incluindo apoio explícito ao presidente Joe Biden, enquanto este estava em campanha pela reeleição e, mais tarde, a Kamala, que substituiu o presidente na liderança da chapa democrata em julho.
A publicação cita que Alex foi visto recentemente fazendo campanha para os democratas em um bairro da Filadélfia, na Pensilvânia, onde se apresentou a eleitores locais. Ele também recebeu Tim Walz, o candidato a vice-presidente na chapa de Kamala, em sua residência em Manhattan, demonstrando seu acesso privilegiado a figuras proeminentes do partido. O jornal americano afirma que Alex e seu pai têm investido fortemente em causas progressistas nesta campanha, como fazendo esforços para ampliar a defesa nacional do acesso ao aborto, uma das pautas mais defendidas por Kamala na campanha presidencial.
Ainda durante este ciclo eleitoral, Alex também direcionou US$ 200 mil para o Partido Democrata de Nebraska, visando registrar e mobilizar eleitores locais e, após a nomeação de Kamala, ele aumentou seus investimentos na campanha democrata na Georgia, contribuindo com US$ 10 milhões para uma iniciativa de mobilização de eleitores menos propensos a votar. Além disso, ele e seu pai destinaram outros US$ 10 milhões para um “super PAC”, movimento de ativismo político, que apoia Kamala.
Alex, que completou 39 anos na última semana, está constantemente engajado em atividades de campanha e reuniões com líderes políticos do Partido Democrata, mesmo com alguns estrategistas do partido temendo que sua visibilidade possa ser prejudicial à causa da legenda.
O “Soros júnior” tem estado em contato frequente também com o governo de Biden. Nos últimos três anos, ele participou de mais de 30 reuniões e eventos na Casa Branca, incluindo jantares de estado e uma reunião em agosto de 2023 com a vice-presidente Kamala, revelou o Wall Street Journal.
Apesar de sua proximidade, Soros tem dito que não fará parte da equipe de transição se Kamala for eleita. Contudo, cita o jornal americano, ele está interessado em discutir questões relacionadas à política externa e imigração.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Deixe sua opinião