A ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt chegou sábado à Colômbia para sua primeira visita ao país desde que o Exército a resgatou, dando início a uma viagem pela América do Sul em busca de apoio para acelerar a liberação dos demais reféns sequestrados pelas Farc.
A política de 46 anos, um símbolo mundial do sequestro, chegou a Bogotá e se reuniu com o presidente Álvaro Uribe, com quem falou sobre os 28 reféns políticos que ainda continuam em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
"Se a minha liberdade pode servir para algo, que sirva para obter a liberdade dos meus companheiros", disse Betancourt em uma coletiva de imprensa, um dia depois das grandes passeatas realizadas em várias cidades da Colômbia e do mundo para exigir à guerrilha a liberação de todos os reféns.
"A partir de amanhã vou começar uma viagem por toda a América Latina, vou visitar todos os presidentes que se envolveram em nossa liberdade, que compartilharam nossa dor, que se sensibilizaram com a causa dos sequestrados da Colômbia e que ajudaram de todas as formas para obter nossa liberação", explicou a política.
Betancourt, homenageada em setembro com o Prêmio Príncipe de Asturias, permaneceu mais de seis anos sequestrada pelas Farc até o Exército resgatá-la em 2 de julho junto com três americanos e 11 membros das Forças Armadas, em uma operação na qual os militares enganaram os rebeldes se fazendo passar por uma missão humanitária.
A ex-candidata presidencial anunciou que visitará os presidentes de Equador, Argentina, Brasil, Chile, Peru, Bolívia e Venezuela, para lhes agradecer o auxílio pela liberdade dos reféns e lhes pedir que mantenham seus esforços.
"Quero lhes dizer como é importante seguir contando com eles para que nos ajudem a buscar um espaço, um caminho que nos permita a liberação dos que ficaram na selva", afirmou.