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Um soldado das Forças de Defesa de Israel custodia um veículo no território do sul do Líbano, zona controlada pelo exército israelense
Um soldado das Forças de Defesa de Israel custodia um veículo no território do sul do Líbano, zona controlada pelo exército israelense| Foto: Alejandro Ernesto/EFE

Aviões de guerra de Israel atingiram instalações de fabricação de mísseis e locais de defesa antimísseis terra-ar, em três províncias diferentes do Irã, matando dois soldados, neste sábado (25).  Após o ataque às bases militares iranianas, o governo israelense alertou sobre a possibilidade de fim da escalada de conflitos, caso o Irã não realize novos ataques em território israelense.

A mídia estatal iraniana Tasnim informou que as autoridades locais denominaram de “danos limitados” os bombardeios realizados por Israel. “Parece, à primeira vista, que o ataque de Israel foi relativamente calibrado”, disse Sanam Vakil, diretor do Programa do Oriente Médio e Norte da África . “Isso dá espaço para o Irã recuar,” reforçou.  

Já o The Wall Street Journal disse que embora o Irã tenha dito a outros países na região que não pretende responder, alguns diplomatas temem que o ataque tenha aumentado o risco de um erro de cálculo, o que poderia levar a uma guerra mais ampla. A incerteza veio após as declarações feitas pelo Ministério das Relações Exteriores ao confirmar que o país “tem o direito e o dever de se defender contra atos estrangeiros de agressão”.

Ao menos dois militares iranianos morreram no ataque. O Exército não ofereceu mais informações sobre as mortes e indicou que divulgaria mais detalhes posteriormente.

Repercussão do ataque

A agência de notícia Reuters reuniu algumas declarações de países que reagiram ao posicionamento de Israel após o ataque realizado contra o Irã.

Governo dos Estados Unidos

Em declaração, o governo americano afirmou que não participou desta operação e enfatizou que “como os israelenses declararam, sua resposta foi um exercício de autodefesa e evitou especificamente áreas povoadas e focou somente em alvos militares, ao contrário do ataque do Irã contra Israel que teve como alvo a cidade mais populosa de Israel”.

“Se o Irã decidir responder, estamos totalmente preparados para defender Israel e apoiar Israel, e haverá consequências se o Irã tomar essa decisão infeliz", confirmou o oficial representando do governo dos EUA. "Mas, no que nos diz respeito, essa troca direta, esse deve ser o fim disso," afirmou.

Primeiro-ministro britânico Keir Starmer

"Estou certo de que Israel tem o direito de se defender contra a agressão iraniana. Estou igualmente certo de que precisamos evitar uma escalada regional maior e pedir a todos os lados que mostrem contenção. O Irã não deve responder."

Ministério das Relações Exteriores da França em declaração

"A França pede a todas as partes que se abstenham de qualquer escalada e ação que possa piorar o contexto extremamente tenso na região."

Ministério das Relações Exteriores do Egito no Facebook

"O Egito enfatiza sua posição de que um cessar-fogo na Faixa de Gaza deve ser alcançado rapidamente dentro da estrutura de um acordo por meio do qual os reféns sejam libertados, já que essa é a única maneira de acalmar a situação."

Emirados Árabes Unidos, em declaração no site do Ministério das Relações Exteriores

"Os Emirados Árabes Unidos condenam veementemente os ataques militares à República Islâmica do Irã e expressam profunda preocupação com a escalada contínua e seu impacto na segurança e estabilidade regionais." O ministério enfatizou a "importância de exercer os mais altos níveis de contenção e sabedoria para evitar riscos e a expansão do conflito".

Gabinete do primeiro-ministro iraquiano em declaração oficial

O Iraque "reitera sua posição firme pedindo um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, e esforços regionais e internacionais abrangentes para apoiar a estabilidade na região".

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