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O governo de Israel publicou nesta sexta-feira (17) a lista dos 33 reféns que serão libertados na primeira etapa do acordo de cessar-fogo com o Hamas. Entre os nomes, destacam-se o do bebê Kfir Bibas e o de sua família, que estão no cativeiro dos terroristas há 469 dias. O início das libertações está previsto para este domingo (19), após o acordo passar por aprovação do gabinete israelense.
Kfir Bibas, que completará dois anos neste sábado (18), foi sequestrado em 7 de outubro de 2023, quando tinha apenas nove meses de vida. Ele estava com sua família na comunidade de Nir Oz, em Israel, durante o ataque dos terroristas do Hamas. Desde então, ele, sua mãe Shiri, seu pai Yarden e seu irmão Ariel, permanecem desaparecidos. Israel não confirmou se eles ainda estão vivos.
Em novembro de 2023, o Hamas alegou que Kfir, sua mãe e seu irmão teriam morrido em bombardeios israelenses. No entanto, as Forças de Defesa de Israel (FDI) não confirmaram essa informação, e a esperança de que eles estejam vivos continua.
Além dos membros da família Bibas, os demais reféns que compõem a lista de libertados pelo Hamas são: Liri Albag; Itzhak Elgarat; Karina Ariev; Ohad Ben Ami; Agam Berger; Gonen Romi; Daniella Gilboa; Emily Damari; Sagui Dekel Chen; Iair Horn; Omer Wenkert; Alexandre Sasha Troufanov; Arbel Yehoud; Ohad Yahalomi; Eliya Cohen; Or Levy; Naama Levy; Oded Lifshitz; Gadi Moshe Mozes; Avraham (Avera) Mengisto; Shlomo Mantzur; Keith Samuel Sigal; Tsachi Idan; Ofer Kalderon; Tal Shoham; Doron Steinbrecher; Omer Shem Tov; Hisham Al-Sayed e Eli Sharabi.
O acordo mediado por Catar, Egito e Estados Unidos prevê a troca desses 33 reféns israelenses por 95 prisioneiros palestinos, que, segundo lista publicada por Israel nesta sexta, será composto por maioria de mulheres e adolescentes. Entre os detidos palestinos destacados na lista divulgada pelo Ministério da Justiça de Israel estão Khalida Jarrar, integrante do Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), e Bushar al Tawil, ativista com histórico familiar ligado ao Hamas.
O acordo está dividido em três fases. A primeira inclui o cessar-fogo e o retorno de reféns e prisioneiros palestinos. A segunda abrange a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, devastada após meses de ofensiva israelense. Já a terceira fase prevê a reconstrução de infraestruturas e o gerenciamento dos deslocados.
Enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mantém cautela sobre as condições do acordo, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou que está preparado para assumir responsabilidades na administração de Gaza no período pós-guerra.