O governo de Israel anunciou nesta sexta-feira (24) que vai proibir o consulado da Espanha em Jerusalém de prestar serviços aos palestinos da Cisjordânia.
Em publicação no X, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que a medida é uma resposta ao anúncio da Espanha de que, a partir da semana que vem, vai reconhecer o Estado palestino (assim como Noruega e Irlanda).
O chanceler também mencionou uma declaração da segunda vice-premiê da Espanha, Yolanda Díaz, que citou o lema “Palestina será livre do rio ao mar”, associado ao grupo terrorista Hamas, que usa a expressão para pregar o fim de Israel.
“Em resposta ao reconhecimento de um Estado palestino por parte da Espanha e ao apelo antissemita da vice-primeira-ministra espanhola para não apenas reconhecer um Estado palestino, mas também para ‘libertar a Palestina do rio ao mar’, decidi cortar a ligação entre a representação da Espanha em Israel e os palestinos, e proibir o consulado espanhol em Jerusalém de prestar serviços aos palestinos da Cisjordânia”, escreveu Katz.
“Se esta pessoa ignorante e cheia de ódio quiser compreender o que o Islã radical realmente procura, ela deveria estudar os 700 anos de domínio islâmico em Al-Andalus – a atual Espanha”, acrescentou, citando o período de dominação muçulmana entre 711 e 1492.
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, anunciou, em entrevista à estação de rádio espanhola RAC1 logo após a declaração do chanceler israelense, que o governo espanhol analisaria o significado do anúncio. Segundo ele, “se essa for uma decisão, como se lê literalmente”, o governo espanhol protestará.
Em protesto contra o reconhecimento do Estado palestino, Israel já havia convocado de volta ao país os seus embaixadores na Irlanda, Noruega e Espanha, além de ter repreendido os representantes dos três países em Tel Aviv.
Nesta sexta-feira, Yolanda Díaz alegou que, quando disse que “a Palestina será livre do rio ao mar”, quis dizer que os dois Estados, Israel e Palestina, devem “compartilhar um futuro de paz e prosperidade”.
“Não sou antissemita”, disse Díaz, que insistiu que sempre defendeu “o reconhecimento de dois Estados, compartilhando do rio ao mar a economia, os direitos, a paz e um futuro próspero”. (Com Agência EFE)
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