O governo de Israel informou hoje que apenas duas ativistas pró-palestinos que chegaram ao país na semana passada estão presas e que os demais militantes foram deportados. Mas grupos ativistas afirmam que dezenas de pessoas continuam detidas e várias contestam suas ordens de deportação.
"Apenas duas pessoas continuam detidas", disse a porta-voz do Ministério do Interior, Sabine Hadad, acrescentando que os ativistas são mulheres. "Uma será expulsa nesta quinta-feira e a outra, que abriu um processo de contestação à sua expulsão, será mantida em detenção", disse.
As ativistas fazem parte de um grupo de cerca de 800 pessoas que pretendiam partir da Europa e dos Estados Unidos rumo a Israel, de onde seguiriam para os territórios palestinos e permaneceriam com famílias locais. A ação seria parte da campanha "Bem-vindo à Palestina".
Mas Israel tomou medidas para impedir que os ativistas chegassem ao país, ao notificar as companhias aéreas de que alguns passageiros não receberiam permissão para entrar em território palestino e deveriam ter negada a permissão para embarcar nos voos. Dentre os ativistas que conseguiram chegar ao território israelense, 120 tiveram a entrada negada e foram detidos, à espera da deportação.
Ontem, um tribunal israelense decidiu que dois ativistas, que contestaram suas deportações, poderiam ser libertados se assinassem documentos prometendo não se aventurar em algumas áreas sem a permissão do Exército. "O caso de ontem foi na verdade uma vitória parcial para nós, porque o juiz decidiu libertá-los e disse que não há razão para o governo deportá-los ou mantê-los detidos", disse o porta-voz do "Bem-vindo à Palestina", Mazin Qumsiyeh.
"As únicas condições feitas para sua libertação é que esses ativistas devem pedir permissão às autoridades se quiserem ir a determinadas áreas da Cisjordânia, como nos locais onde as manifestações deveriam acontecer", disse ele à agência France Presse.
Qumsiyeh contestou os números de ativistas que ainda estão detidos em Israel, dizendo que advogados do "Bem-vindo à Palestina" e dados obtidos com delegações indicam que há entre 40 e 50 pessoas em prisões israelenses. "Esta é a nossa estimativa, feita com base no que nossos advogados nos disseram. Quando as delegações foram enviadas nós recebemos listas com os nomes de quem estava vindo e sabemos quem conseguiu chegar, então, calculamos o número de pessoas que ainda estão desaparecidas", disse.
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