Israel declarou no domingo (1º) que suspendeu as transferências de impostos recebidos para os palestinos, em resposta à anuência do presidente palestino em formar uma aliança com o grupo islâmico rival Hamas, que se opõe às negociações de paz com Israel.
Um funcionário palestino sênior na Cisjordânia ocupada disse que Israel não tem o direito de deixar de repassar dinheiro palestino.
O ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, anunciou que suspendeu o repasse rotineiro de 300 milhões de shekels (88 milhões de dólares) em taxas alfandegárias e outras que Israel recolhe em nome dos palestinos, segundo os termos dos acordos de paz interinos.
Em entrevista dada à Rádio do Exército, Steinitz disse que Israel receia que o dinheiro seja usado para financiar o Hamas, grupo militante islâmico que comanda a Faixa de Gaza e cuja carta de fundação pede a destruição do Estado judaico.
Na semana passada Israel ameaçou com sanções em resposta ao anúncio feito pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, de um acordo de união com o Hamas, com vistas à formação de um governo palestino interino e de eleições ainda este ano.
"A paz só é possível com aqueles que querem conviver conosco em paz, e não com aqueles que procuram nos destruir", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em declarações públicas dadas a seu gabinete no domingo.
Netanyahu disse que, em visita que fará à Grã-Bretanha e França nesta semana, dirá aos líderes desses países que Israel quer a paz, mas "se posicionará com firmeza contra aqueles que querem nos causar mal e colocar nossa existência em risco".
Líderes palestinos foram convidados pelo Egito a ir ao Cairo para uma cerimônia de três dias, com início na segunda-feira, que deve terminar com a assinatura do acordo de união palestina, revelaram autoridades palestinas.
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