A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quarta (18) que não pretende se candidatar a uma reeleição e que deixará o cargo no início de fevereiro. Ela deu a notícia em um pronunciamento na televisão, prevendo as próximas eleições gerais para 14 de outubro.
Ela governou o país durante toda a pandemia. “Neste verão, eu esperava encontrar uma forma de me preparar não apenas para outro ano, mas outro mandato, porque é o que este ano exige”, disse a política, aparentando se emocionar. “Não consegui fazer isso”.
A data prevista para conclusão do atual mandato é o dia 7 de fevereiro. Jacinda, que tem 42 anos, desejou sucesso ao seu Partido Trabalhista nas próximas eleições e disse que um novo líder do partido deve ser eleito no próximo domingo.
Ela é membro do Partido Trabalhista desde 1999, quando tinha 17 anos. Em 2007, foi eleita presidente da União Internacional da Juventude Socialista, posição que a levou a visitar Algéria, China, Índia, Israel, Jordão e Líbano. Aos 28 anos, Jacinda Ardern tornou-se parlamentar, a mais jovem da casa na época. De origem mórmon, ela se opôs à posição de sua própria igreja contra o casamento gay.
Jacinda é primeira-ministra desde 2017, com reeleição em 2020. Durante seu governo, os eventos que mais chamaram a atenção do mundo foram o ataque terrorista à mesquita de Christchurch e uma erupção vulcânica, ambos em 2019; e ações na pandemia, em que ela optou pela linha dura, fechando fronteiras em meados de março de 2020 e impondo lockdown após 100 casos detectados de Covid-19. Em consequência, o PIB da Nova Zelândia caiu 12% em junho daquele ano, a maior queda trimestral registrada em toda a história da economia do país.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião